IBGE aponta para a segunda maior safra de grãos em 2019

A segunda estimativa para a safra nacional 2019 é de uma produção de 11,2 milhões de toneladas de arroz.

A segunda estimativa para a safra nacional de grãos em 2019 mostrou aumento de 1,7% em relação à produção de 2018. Com o resultado, espera-se que a colheita do próximo ano seja a segunda maior da série histórica iniciada em 1975. Em números absolutos, a produção deve chegar a 231,1 milhões de toneladas. A safra recorde continua sendo a de 2017, com 240,6 milhões de toneladas.

O crescimento deve-se, principalmente, a expectativas de altas de 9,3% na segunda safra do milho e de 5,5% na colheita do algodão herbáceo. As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje pelo IBGE.

O gerente da pesquisa, Carlos Antônio Barradas, destaca que, em 2018, importantes estados produtores de milho enfrentaram problemas climáticos. “Para 2019, aguarda-se uma janela de plantio maior para o milho, já que, em boa parte desses estados, as chuvas já chegaram, o que permitiu o plantio antecipado. Para o algodão, os preços favoráveis do produto devem incentivar investimentos nas lavouras e aumento da área plantada”.

Já as safras de soja, arroz e as primeiras colheitas de milho e feijão devem sofrer reduções de, respectivamente, 0,2%, 4,5%, 0,6% e 8% em relação a 2018. Dos cinco principais grãos pesquisados, espera-se redução da área plantada de arroz, com -4,6%, e da primeira safra do feijão, com -1%.

Safra de 2018 deve ser 5,5% menor que a do ano passado

Quanto à produção de 2018, a safra nacional foi estimada em 227,3 milhões de toneladas, 5,5% inferior à obtida em 2017. Dos principais produtos, houve quedas de 17,8% na colheita do milho e de 5,6% do arroz, enquanto a safra da soja aumentou 2,6%.

A estimativa da área total a ser colhida também caiu e alcançou 60,9 milhões de hectares, uma queda de 0,5% frente a 2017.

Principais culturas

FEIJÃO (em grão) – A segunda estimativa da produção de feijão para a safra 2019 é de 2,9 milhões de toneladas, retração de 1,3% em relação à safra de 2018. A 1ª safra deve produzir 1,4 milhão de toneladas; a 2ª safra, 1,1 milhão de toneladas, e a 3ª safra, 468,1 mil toneladas. A área a ser colhida na safra de verão (1ª safra) deve se manter próxima à de 2018, ou seja, 1,7 milhão de hectares, enquanto o rendimento médio deve apresentar queda de 7,1%, ficando em 812 kg/ha. A produção esperada de feijão na safra de verão é 8,0% menor que a obtida na mesma época de 2018. As áreas de plantio de feijão 2ª e 3ª safras dependem dos preços e das expectativas quanto ao clima, pois as lavouras são sensíveis às condições hídricas.

ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – O segundo prognóstico da safra de algodão para 2019 estimou produção de 5,2 milhões de toneladas, crescimento de 5,5% em comparação com a safra de 2018. A área plantada, de 1,3 milhão de hectares, apresenta crescimento de 15,9%. Para 2019, os preços favoráveis do produto devem incentivar os produtores a investirem nas lavouras e aumentarem a área plantada.

ARROZ (em casca) – A segunda estimativa para a safra nacional 2019 é de uma produção de 11,2 milhões de toneladas. Santa Catarina, segundo produtor nacional, estimou uma produção de 1,1 milhão de toneladas. O Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do país, deve participar com 71,2% do total a ser colhido em 2019. A produção gaúcha foi estimada em 8,0 milhões de toneladas.

MILHO (em grão) – O segundo prognóstico de milho em grão, para 2019, estima uma produção de 86,9 milhões de toneladas, crescimento de 6,2% em relação à informação do primeiro, um aumento de 5,1 milhões de toneladas. Para a 1ª safra de milho, a previsão é de 25,7 milhões de toneladas, 1,2% maior que no 1º prognóstico, contudo, 0,6% menor em relação ao mesmo período de 2018. Para o milho 2ª safra, a estimativa é de 61,2 milhões de toneladas, crescimento de 5,1% em relação à informação do 1º Prognóstico (55,4 milhões de toneladas) e 9,3% em relação a 2018.

SOJA (em grão) – A segunda estimativa de produção para 2019 soma 117,7 milhões de toneladas, aumento de 1,0% em relação ao 1º prognóstico, em outubro, e declínio de 0,2% em relação a 2018. A área a ser plantada é de 35,4 milhões de hectares, aumento de 0,4%. O rendimento médio estimado é de 3.323 kg/ha, retração de 1,6% em relação a 2018, em decorrência das incertezas climáticas, ressaltando que, na safra verão 2018, houve abundância e regularidade de chuvas nos principais estados produtores, alçando-se um recorde histórico de produção e, portanto, uma base de comparação elevada.

TOMATE – A produção de tomate deve alcançar 4,4 milhões de toneladas, aumento de 3,4% em relação a outubro. Em novembro, a produção goiana foi reavaliada com crescimento de 10,5%. Em relação a 2017, a estimativa de produção de tomate apresentou alta de 1,2 %.

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