Preço (bem) mínimo

 A cadeia produtiva do arroz está trabalhando intensamente junto ao governo federal buscando a revisão do preço mínimo do arroz que começou a vigorar em 1º de fevereiro de 2019 e vai até 31 de janeiro de 2020. Com reajuste de R$ 1,19%, o valor aumentou de R$ 36,01 para R$ 36,44 por saca de 50 quilos em casca no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A legislação prevê que os valores sejam definidos até julho do ano anterior à safra mediante pesquisa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A pedido da Farsul e da Federarroz, a Conab realiza novo levantamento de campo e revisa seus critérios neste mês de fevereiro. Ainda que a expectativa seja de que um novo preço mínimo só entre em vigor na próxima safra, em fevereiro de 2020, o setor aposta numa mudança imediata por decisão política. “Estamos solicitando a alteração dos critérios avaliados, uma vez que a Conab não leva em conta alguns fatores no custo, como arrendamento, pró-labore e investimentos. Sem considerar estes fatores, ainda assim, o estudo de campo não é realizado há quatro anos e temos a convicção de que hoje o preço mínimo, somente para cobrir os custos variáveis, precisa estar entre R$ 40,00 e R$ 42,00”, assegura Alexandre Velho, vice-presidente da Federarroz.

O preço mínimo é aplicado em comercializações com o governo federal, mas sua revisão é importante por outros motivos, como explica o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles. “Ele estabelece um piso de preços para a safra e faz com que o Estado precise intervir sempre que os preços estiverem abaixo deste patamar. Além disso, seguro agrícola e custeio têm como base o preço mínimo. Então, se formos observar, a defasagem de até R$ 6,00 por saca também está comprometendo a renda do agricultor”, resume.

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