Arrozeiros protestam para cobrar soluções do governo

 Arrozeiros protestam para cobrar soluções do governo

Pinto Kochenborger: presidente da UCR lidera a manifestação/FOTOS PATRÍCIA LOSS

Manifestação organizada pela União Central de Rizicultores acontecerá durante toda a semana no entorno do Banco do Brasil.

 Organizado pela União Central de Rizicultores (UCR), o protesto dos arrozeiros de Cachoeira do Sul começou nesta segunda-feira com cerca de 20 produtores rurais e sete tratores estacionados em uma quadra da Rua 7 de Setembro, na Praça José Bonifácio. No trecho em que ocorre a manifestação o trânsito está parcialmente interrompido, funcionando em meia pista. O grupo está concentrado na quadra entre a loja Beck´s e o Banco do Brasil.

A ação da UCR é mais uma tentativa dos agricultores em forçar o governo federal a apresentar soluções para o que a entidade chama de falência da lavoura arrozeira. O presidente da UCR, Ademar Pinto Kochenborger, destaca que depois de 20 dias em que ele foi recebido pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, para tratar de medidas que favor do plantio do arroz, nada foi feito pela União. Entre os pleitos dos arrozeiros estão negociações de suas dívidas com bancos, redução do preço do óleo diesel e aumento da cotação mínima do saco do arroz, que é de R$ 35,00.

A manifestação da UCR acontecerá durante toda a semana, com revezamento de produtores. O protesto está ocorrendo também em outros municípios gaúchos. Já na próxima segunda-feira arrozeiros de todo o Rio Grande do Sul farão um ato na em Camaquã, onde o presidente Bolsonaro deverá estar participando da solenidade inauguração da duplicação de um trecho da BR 116. Uma excursão de rizicultores cachoeirense para o evento está sendo organizado por Pinto. "Precisamos de soluções imediatas, pois daqui a um mês inicia a época do plantio do arroz. E se nada for feito, não teremos condições para plantar", ressalta.

ARROZ DO MERCOSUL
A UCR queixa-se também do ingresso de arroz de outros países no Mercosul no Brasil. "Nestes países, como no Uruguai, praticamente não existe legislações ambientais e trabalhistas, o que reduz os custos da lavoura, além energia elétrica e dos insumos da lavoura arrozeira serem infinitamente mais baratos", frisa. "Com estas condições, os arrozeiros de lá conseguem produzir com um custo menor, e vendem para o Brasil um produto mais barato do que o nosso", reforça.

Manifestação dos rizicultores: protesto em Cachoeira começou ontem e ocorre também em outras cidades gaúchas

2 Comentários

  • Venho aqui parabenizar esse pessoal que vêm a público expor as dificuldades. Era fevereiro nem bem tinha começado a colheita e eu já pedia um protesto organizado e pacífico em Brasília-DF… Mas mais uma vez o pessoal acreditou que políticos e o órgãos representativos iriam resolver questões pontuais!!! Ali avisei que teríamos agir como os caminhoneiros para que o movimento tivesse visibilidade e resultados práticos. Infelizmente o setor mostra desunião. Movimentos como o de Cachoeira deveriam eclodir nos quatro cantos do RS e SC… Vocês me representam porque lutam contra os problemas sem promoção política… porque vocês lutam pelo que é de vocês… pelo que foi, é e será o futuro da classe!!! Mas no fundo eu ainda acredito que o maior de todos os protestos seria o de reduzir fortemente a área plantada!!! De 30 a 50% daria um susto bem grande no Cartel e no Governo… Que Deus abençoe a iniciativa de vocês e que outras cidades e movimentos se organizem e vão a luta!!!

  • Minha opinião sobre estes protestos….
    É um circo armado, no qual os produtores são os palhaços.
    Isso não adianta nada.
    O único protesto que dá resultado é reduzir a área plantada. Quanto maior a redução, mais resultados surgem.
    A solução da crise está na mão dos produtores, mas infelizmente os produtores preferem fazer papel de palhaço do que ter atitude de diminuir a oferta.
    Repito… O Paraguai produz apenas 2 milhões de toneladas, o RS produz 8 milhões de toneladas.
    Redução é a única solução.

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