Liquidez é baixa, mas média de fevereiro é a maior para o mês

A partir da segunda quinzena, os negócios efetivos foram pontuais.

A comercialização de arroz em casca esteve lenta no mercado interno na maior parte de fevereiro – no início do mês, os valores praticados no Rio Grande do Sul atingiram recordes nominais na série histórica do Cepea, afastando compradores da comercialização no restante do período. Assim, a partir da segunda quinzena, os negócios efetivos foram pontuais, e ocorreram de acordo com a necessidade desses agentes, bem como dos vendedores que ainda detinham o grão. Além disso, a colheita se intensificou na última semana do mês, que, neste ano, foi período de carnaval de Brasil, o que manteve parte dos agentes fora de mercado.

Nesse cenário, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros (média ponderada) recuou 3,2% no acumulado de fevereiro (31/1 – 28/2), fechando a R$ 49,53/sc de 50 kg no dia 28. Mesmo assim, a média de fevereiro, de R$ 50,52/sc, foi 1,9% superior à de janeiro e, ainda, a maior para o mês na série histórica do Cepea.

Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br

2 Comentários

  • Se os compradores estão afastados por conta do preço, imagine se tiverem q importar por R$70,00 logo adiante qdo dólar subir mais pq o q pudermos exportar agora por R$60,00 , exportar emos. SDS.

  • Tenho concordância com o Sr Ederson, porém uma concordância ponderada.

    Penso que o custo de produção do arroz, com o dólar em alta, irá subir. Os insumos e defensivos são quase todos comprados em dólar ( me corrijam se estiver errado ).
    Penso também que o canal de exportação se consolida com um dólar a R$4,60 ( cotação dia 05-03-20 às 11h03 ).
    Existe uma pressão exercida por parte da Indústria, a meu ver, para que os preços cheguem logo ao seu vale ( menor preço ) da safra. As filas de caminhões carregados de arroz em casca, tenta nos dizer que existe uma super safra, com intuito de abaixar as cotações. Ora, mas se a área plantada na safra 2019-20 foi 940.062 ha, e a produtividade média nesse ínicio de safra esta sendo dita 8.500 kg – ha. Temos um máximo a ser colhido de 7,9 milhões de toneladas. só que sabemos que a produtividade só tende a cair daqui pra frente, e portanto, chegamos apenas ao número máximo que possamos chegar. Mas vamos ponderar essa conta. Desde 2009, a produtividade máxima foi 7.949 Kg por Ha, e a produtividade mínima foi de 6.454 kg por ha. A média da produtividade nos últimos 3 anos foi de 7.788,33 kg por ha, isso gera uma safra de 7.3 milhões de toneladas, muito próximo da safra passada.

    Sabemos que chegamos ao pico de R$51,40 a saca de 50kg, no pico da entressafra 2018-2019, portanto, e se a safra será similar, supomos que esse pico será atingido novamente.

    Tudo vai depender do dólar. Pois tudo indica que os estoques de passagem são baixos, pouco mais de 300 mil toneladas ( menos de 15 dias de consumo nacional ), e portanto, teremos um ano de arroz com preços mais remuneradores, a meu ver…

    Com esse câmbio, R$4,60, nosso produto esta saindo por U$ 10,65 a saca. E sabemos que nosso deveer é vender essa bagaça nesse preço pra México, Iraque, Suiça, Peru, Venezuela, Cuba, Gambia e tantos outros países que tem potencial de consumo desse grão.

    Vejo que, arroz em casca parado em fila de espera por puro gabo de guerra, vai gerar saída de arroz e depois nao adianta chorar. Alias, arroz parado no caminhão não seca, e quanto tempo a mais perdem nessa processo, terão que secar na correria para nao levar produto que empapa pros consumidores.

    Bora vender pra fora se aqui não quer!

    Fazer o que?

    Plantar menos e vender pra quem quer pagar!

    Unica saida pro produtor não abandonar a cultura!

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