Produtos da cesta básica registram alta no preço nos mercados de SC

Feijão e leite são alguns dos alimentos que tiveram maior aumento. Associação dos Supermercados afirma que alta do dólar e estiagem contribuíram para isso.

Muitos preços de produtos da cesta básica tiveram aumento considerável nas últimas semanas. Alimentos como o feijão e o leite foram alguns dos que mais tiveram alta nos preços. A Associação Catarinense dos Supermercados (Acats) afirmou que o valor do dólar e a estiagem contribuíram para os reajustes.

"A gente já faz lista para economizar ao máximo mas, mesmo assim, o valor do rancho no final do mês sempre acaba aumentando um pouquinho mais mês a mês", disse o técnico em informática Carlos Oscar dos Santos.

É que o valor de produtos essenciais, como aqueles da cesta básica, subiu na primeira semana do mês. O arroz, por exemplo, teve alta média de 5%. O feijão preto, 25%. Óleo de soja, 5%. Também ficou mais caro tomar café com leite. Os dois subiram 8% e 25%, respectivamente.

"Os insumos aumentaram. O arroz, nós temos a questão da seca no Sul, que influenciou bastante", disse o presidente da Acats, Paulo César Lopes. "Mais o trigo, atrelado ao dólar, o óleo de soja também. Feijão é por causa da estiagem, por causa da seca", completou.

Tem outro item que não está na cesta básica, mas faz parte do dia a dia do consumidor: os ovos. Segundo a Acats, o aumento da caixa com a dúzia foi de 20% se a gente for fazer a comparação com o mesmo período do ano passado.

A explicação dos produtores é que a procura está grande e o preço da ração para alimentar as galinhas também subiu no meio da crise.

O Ministério Público de Santa Catarina está de olho nesse aumento. Na primeira semana de quarentena, o leite subiu 50%. Foi aí que o órgão entrou em ação, por entender que o valor era abusivo. Depois disso, o aumento médio do valor chegou ao nível atual.

Caminho até os mercados

Até chegar às gôndolas dos supermercados, cada produto tem uma longa viagem. Do produtor vai para a indústria, que processa e embala o alimento. Depois disso, para os distribuidores, que levam para os mercados.

Qualquer interferência no meio desse caminho, mexe no preço. Especialmente no meio de uma quarentena. "Os supermercados não são formadores de preço. Quem forma o preço é a indústria, nós somos repassadores de preço. Acho que desde o início da pandemia, o dólar subiu quase 20% e a indústria num primeiro momento tentou segurar, mas chega uma hora que eles são obrigados a repassar porque os custos deles aumentam muito", disse o presidente da Acats.

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