Dólar dá continuidade a sequência de queda e fecha a R$ 5,09

Nesta quarta-feira, a moeda norte-americana caiu 2,29%, a R$ 5,0925.

O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (3), dando continuidade ao movimento da véspera, quando registrou a maior queda diária em quase 2 anos, diante do otimismo em relação a uma recuperação econômica global, embora tensões políticas locais e internacionais sigam no radar dos mercados.

 

A moeda norte-americana caiu 2,29%, a R$ 5,0925. Veja mais cotações. É o menor patamar de fechamento desde 26 de março (R$ 4,9988). Na mínima da sessão, o dólar chegou a R$ 5,0171.

Já o Ibovespa subiu mais de 2%, acima dos 93 mil pontos.

Na terça-feira, o dólar fechou em queda de 3,25%, a R$ 5,2116. Foi a mais forte desvalorização percentual diária desde 8 de junho de 2018 (-5,59%), segundo a agência Reuters.

Na parcial da semana, o dólar acumula queda de 4,57%. Em 2020, a moeda ainda tem alta de 27%.

Cenário externo e interno

No exterior, os investidores continuaram otimistas com uma recuperação econômica ante a queda provocada pelo coronavírus. 

Dados econômicos da China desta quarta-feira mostraram uma recuperação no setor de serviços em maio, enquanto números da zona do euro indicaram que o pior da crise na União Europeia ficou para trás, o que fortalecia as apostas numa retomada econômica nas principais potências mundiais.

Além disso, nos Estados Unidos, o setor privado fechou bem menos vagas de trabalho do que o esperado em maio, com os empregadores demitindo outros 2,76 milhões de trabalhadores, contra expectativa de 9 milhões de perdas de emprego.

No cenário local, os investidores seguiram de olho no noticiário político e no afrouxamento das regras de isolamento social nos estados.

Apesar da queda expressiva do dólar — que já perdeu muito terreno desde que ficou a poucos centavos de superar o patamar de R$ 6 no mês passado –, analistas não descartam a possibilidade de volatilidade daqui para frente diante das tensões políticas locais, entre o Executivo e o Judiciário, e nos EUA, em meio a protestos contra o racismo e a violência policial.

O dólar ainda acumula alta de mais de 25% contra o real no ano de 2020, impulsionado por um cenário de juros baixos e incertezas políticas e econômicas. Há algumas semanas, nesse contexto, a expectativa de boa parte dos mercados era de que a divisa iria superar os 6 reais.

Agora, entre os analistas, uma recuperação definitiva do real ainda é incerta diante de riscos negativos como a possibilidade de uma segunda onda de contaminações por Covid-19.

Os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, conforme boletim "Focus" do Banco Central divulgado na véspera. A projeção passou de queda de 5,89% para um tombo de 6,25% em 2020.

Já projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 ficou estável em R$ 5,40. Para o fechamento de 2021, subiu de R$ 5,03 por dólar para R$ 5,08 por dólar. 

1 Comentário

  • Cenário começando a ficar nebuloso… Dólar despencando… Arroz do Mercosul se tornando competitivo aqui dentro… Mercado internacional se aquecendo novamente… Mercado Interno entupido… Quem puder segurar até outubro que segure… Quem tem dívidas acho que chegamos num ponto em que o risco talvez não compense!!! Fazer uma média talvez seja a melhor opção! Temos boas perspectivas de chuvas para junho! Barragens vão pegar água… Sigo insistindo. Se ano que vem plantarmos mais de 950.000 hectares de arroz voltaremos a nos endividar… O custo do Irga de R$ 64,00 mostra que ano que vem passará do R$ 70 facinho!!! Adubo, uréia, herbicida tudo subiu em dólar, mas não vai recuar com a queda dele… Sigamos na rotação soja/arroz… Essa seca que tivemos nesse ano que passou só se repete de 10 em 10 anos… Ano que vem será ano normal… Agora se o pessoal (esquecendo do passado recente) resolver fazer besteira e plantar demais venderemos arroz abaixo dos R$ 50… A safra 2019/2020 foi muito boa em termos de produção e preço… Mas não temos pandemias todos os anos… O dólar vai na onda dos mercados e a menos que aconteça uma catástrofe ele vai oscilar entre R$ 4 e 5… De bom é que estamos conquistando novos mercados importadores, mas que até agora só importarem 1/4 do que o Mercosul manda para cá… Não caiam nesse oba-oba de que o arroz vai ampliar mercados… Acaba o lockdown no país e o pessoal volta aos restaurantes… Fast foods… Reflitam!!! Planejem bem!!!

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