Safra gaúcha encerra com 7,840 milhões de toneladas

 Safra gaúcha encerra com 7,840 milhões de toneladas

Planeta Arroz antecipa os números oficiais da colheita no Rio Grande do Sul.

A colheita de arroz do Rio Grande do Sul está oficialmente encerrada e alcançou 7,840 milhões de toneladas em uma área de 933.168 hectares com uma produtividade média de 8.402 quilos por hectare. Os números oficiais foram divulgados pelo Governo do Estado e em uma apresentação pela internet e representam 640 mil toneladas a mais do que a previsão inicial de 7,2 milhões de toneladas a serem colhidas nesta temporada, levando em conta os problemas climáticos e a redução de área.

Os valores anunciados são muito próximos da projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que divulgou há duas semanas a expectativa de que a lavoura gaúcha apresentasse 7,867 milhões de toneladas em área de 940 mil hectares, com produtividade de 8.369 quilos por hectare.

Com os números oficiais gaúchos, fica a expectativa de novo ajuste nos números nacionais, e a projeção de 11,13 milhões de toneladas colhidas pode acabar abaixo de 11,1 milhões, apertando um pouco mais o quadro de oferta e demanda.

Mesmo com uma redução de 3,25% na área colhida, que chegou a 964.537 hectares, a produção gaúcha cresceu 8,3%. É um avanço que esteve muito consolidado na evolução tecnológica, em especial na genética e no manejo, mas teve como principal ator o clima.

A radiação solar proporcionada pela estiagem entre janeiro e março multiplicou o rendimento por área, apesar de dificuldades como os cerca de 400 milímetros de chuvas em outubro de 2019, que atrapalharam o plantio, e o frio no Carnaval. Cerca de 1.370 hectares foram perdidos nas enchentes, granizo e também, em menor proporção, por falta de água para irrigar em alguns quadros de lavoura na Região Central.

Ivo Mello, o diretor técnico do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) confirmou os números gaúchos em apresentação na internet e explicou que a área de soja em rotação, em terras baixas, chegou ao seu maior patamar na temporada passada, ultrapassando 341 mil hectares.

Segundo Mello, a capacidade responsiva das tecnologias perante o clima favorável e a qualificação do produtor, além da rotação com soja em terras baixas, têm sido fatores diferenciais da produção.

“O planejamento também foi fundamental, pois mesmo sob forte estiagem e grande demandante de irrigação, a lavoura estava dimensionada conforme a disponibilidade dos recursos hídricos”, observou. A cultivar mais utilizada pelos gaúchos foi a IRGA 424RI. Ao longo da próxima semana o Irga divulgará os números por região. O Rio Grande do Sul é responsável por mais de 70% da produção brasileira de arroz.

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