Cultivo da soja segue avançando com clima mais favorável

No levantamento semanal realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o preço médio da soja chegou a R$ 132,96, com redução de 6% em relação ao da semana anterior..

A sequência de dias com precipitações de volumes e intensidades variadas nas regiões do Estado tem contribuído para o avanço no plantio, que já chega a 88%, além de favorecer o
desenvolvimento dos cultivos.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a semana foi de semeadura intensa, e já chega a 97% da área total de 960.226 hectares. As lavouras apresentam estande de plantas regulares, com pequenas áreas contendo falhas de emergência, sendo baixa a necessidade de replantio. O desenvolvimento das plantas está mais lento nos municípios onde as precipitações foram menores. Os produtores realizam adubação em cobertura com o nutriente potássio (K) nas áreas programadas para esta forma de fertilização e aplicam herbicidas. Há presença de tripes, que está sendo controlado. Tem havido aumento na procura dos produtores pelo sistema do Mapa para declarar as áreas de semente salva para uso próprio na próxima safra; tais áreas devem ter sido semeadas até há no máximo 30 dias, e terão os grãos diferidos no momento da colheita.

Na de Bagé, a recorrência de precipitações, alternadas com dias ensolarados, foi favorável à semeadura. Na Fronteira Oeste, em algumas propriedades a operação foi realizada durante 24 horas, a fim de aproveitar a umidade do solo. Em São Borja, já chega a 80% da intenção de plantio, e em Manoel Viana, a 95%. Na Campanha, o avanço está entre 85% em Bagé e 90% em Dom Pedrito. Em lavouras implantadas no início de novembro e com população de plantas abaixo do ideal, plantios são refeitos de forma pontual, aproveitando as condições de umidade. As lavouras estabelecidas em novembro têm bom estande, e estão em plena recuperação do crescimento vegetativo. Em geral, predominam lavouras com população de plantas abaixo do ideal, o que pode representar redução do potencial produtivo, principalmente nas cultivares precoces. Na Campanha, em áreas de sucessão ao trigo e à aveia, houve problemas na semeadura devido ao excesso de palha, não picada adequadamente na colheita. E em Hulha Negra, foi necessário o replantio em áreas de várzeas e coxilhas, por problemas de emergência de sementes danificadas pelas enxurradas de 03/12, numa área de mais de 500 hectares.

Na regional de Erechim, não ocorreram chuvas; predominaram céu aberto e grande amplitude térmica, de 13°C a 34°C. Apesar disso, produtores aceleram o plantio com o objetivo de atender ao zoneamento agrícola; a área plantada já alcança 90% dos 235 mil hectares previstos, que tende a aumentar a partir da liberação de áreas de milho com Proagro.

Na de Frederico Westphalen, os plantios foram intensificados com as chuvas nas últimas semanas e já chegam a 95% da área total prevista de 419 mil hectares. As lavouras se encontram predominantemente em germinação e desenvolvimento vegetativo. Nas áreas implantadas no final de outubro, são observados ataque de pragas como tripes e doenças de
solo promotoras de tombamento. Em áreas com baixa densidade de plantas, deverá ocorrer replantio. Produtores realizam manejo de plantas invasoras nas lavouras de soja já emergidas.

Na de Soledade, 98% da área total prevista de 451 mil hectares está plantada. Em geral, os cultivos transcorrem dentro da normalidade, com bom desenvolvimento vegetativo e adequado estande de plantas, favorecidos por chuvas regulares. A ocorrência de precipitação no sábado (12) e domingo (13), com bons volumes em toda a região, repõe a umidade do solo que, associada às temperaturas de amenas a altas e à boa radiação solar, acelera o crescimento da cultura. Segue a realização de tratos culturais: controle de plantas invasoras com herbicidas pós-emergentes e adubação em cobertura com cloreto de potássio.

Na de Pelotas, o tempo favorável contribuiu para a aceleração dos plantios, que chegam a 90% da área planejada para a safra 2020-2021, na qual a expectativa é semear 421 mil hectares. Destaques para Arroio Grande, que já semeou 46.380 hectares, e Canguçu com 43 mil hectares, municípios nos quais a intenção de plantio é respectivamente de 43.600 e 45 mil hectares. Os produtores conseguem estrategicamente escalonar os plantios mediante o uso de cultivares com diferentes períodos de maturação.

Os cultivos apresentam bom desenvolvimento vegetativo e adequado estande de plantas emergidas. Produtores realizam os primeiros manejos de capina química para controle de ervas invasoras.

Na de Passo Fundo, o plantio da safra foi finalizado nos 648 mil hectares previstos; 30% das lavouras se encontram na fase de germinação – em alguns casos, desuniforme – e 70% em fase de desenvolvimento vegetativo. O estado fitossanitário é bom. Na regional de Caxias do Sul, a semeadura está praticamente concluída, restando menos de 3% da área a ser ainda semeada. Com exceção das lavouras mais do cedo que apresentaram germinação irregular devido à falta de umidade, as demais áreas apresentam um excelente estabelecimento, indicando expectativa de boa safra, persistindo as condições de tempo favoráveis.

Na de Santa Maria, estima-se que o plantio já tenha alcançado 95% dos 993.840 hectares previstos para safra. A primeira quinzena de dezembro foi favorável para os sojicultores, pois as chuvas ocorridas, além de propiciarem a continuidade do plantio da cultura, propiciaram boa germinação nas semeaduras recentes, melhorando também o desenvolvimento das lavouras já estabelecidas.

Na de Santa Rosa, com o bom volume de chuvas registrado nas três últimas semanas, houve avanço no plantio que já alcança 87% da área prevista de 719 mil hectares, percentual inferior ao da safra passada nesta mesma época. A expectativa inicial de produtividade, de acordo com os dados oriundos das reuniões municipais de estatísticas agrícolas – está em 3.282 quilos por hectare, considerando-se a safra normal; entretanto, como o plantio está atrasado e as lavouras do cedo (semeadas em setembro) estão com baixo potencial produtivo, já há indicativo de perda que deverá reduzir o rendimento esperado.

Das lavouras, 100% apresentam boa germinação e população de plantas devido às boas condições de umidade do solo. Entretanto, as lavouras dos produtores que semearam soja no cedo – em setembro, em torno de 1% da área – enfrentaram a estiagem de outubro e novembro e apresentam porte reduzido, baixa carga de floração e de vagens, com perspectivas de quebra na produtividade de 40%.

Em geral, a maioria das lavouras está com bom aspecto e boa população de plantas, mas em algumas vem ocorrendo ataque de pragas que exige aplicação antecipada de inseticidas, e há necessidade do controle de ervas daninhas. Na regional de Porto Alegre, chega a 67% a área plantada do total 144 mil hectares. As plantas vêm se desenvolvendo bem, favorecidas pelas boas condições do tempo, com bom estado fitossanitário.

Na de Lajeado, houve atraso para o início do processo de semeadura – mas que não compromete a produtividade – visto que os produtores optaram por ter melhor condição de umidade no solo para realizar a atividade. O plantio já alcança 86% da área, com a produtividade média esperada de 3.347 quilos por hectare.

Mercado (saca de 60 quilos)

No levantamento semanal realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o preço médio da soja chegou a R$ 132,96, com redução de 6% em relação ao da semana anterior.

Na regional de Ijuí, os preços tiveram redução e estão cotados entre R$ 128,00 e R$ 133,00/sc. de 60 quilos. Produto disponível em Cruz Alta, a R$ 135,00. Na de Erechim, o preço médio é de R$ 140,00; na de Porto Alegre, R$ 145,00; na de Passo Fundo, R$ 150,00; na de Soledade, R$ 134,00; na de Santa Rosa, o preço da soja manteve a tendência de queda, e a média praticada é de R$ 127,70. Em Caxias do Sul, R$ 131,00. Em Pelotas, varia de R$ 126,00 a R$ 153,50. Em Frederico Westphalen, de R$ 130,00 a R$ 131,00. Na de Bagé, entre R$ 125,00 e R$ 143,00. Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, o preço é de R$ 131,60/sc.

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