Dia do Arroz debate temas técnicos e mercado na Expointer
(Por Irga) Na tarde desta segunda-feira (6), o Instituto Rio Grandense do Arroz promoveu o tradicional fórum Dia do Arroz em sua casa no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, durante a 44ª Expointer. A atividade foi transmitida ao vivo pelo Canal Rural e aconteceu sem a presença de público devido à pandemia da Covid-19 (novo coronavírus).
A programação começou às 14 horas com a apresentação do jornalista Antônio Pétrin e com uma manifestação do diretor comercial do Irga, João Batista Camargo Gomes, agradecendo a todos os participantes. Logo após, o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, enalteceu o protagonismo do agronegócio para a retomada do crescimento da economia do país.
O engenheiro agrônomo Cleiton Ramão, coordenador regional da Fronteira Oeste do Irga, falou a seguir sobre “Sistemas integrados de produção agropecuária em terras baixas”. Ele explanou sobre a importância da rotação de culturas para a lavoura de arroz. Como vantagens, destacou a melhoria da fertilidade do solo; uma maior eficiência no uso de insumos; a adubação de sistema na safra para o ano todo, gerando maior eficiência produtiva (em especial na rotação arroz/soja). E elencou alguns desafios a serem superados ainda, como um melhor planejamento diante de trabalho mais complexo; que 70% das áreas são arrendadas e, por isso, o produtor precisa ter cuidado na elaboração de contratos; a adoção de plantio direto; manejo da palhada e implantação do pasto; e cuidado na drenagem.
A pesquisadora e engenheira agrônoma do Irga Glaciele Valente falou na sequência sobre o tema “Uso de trevo persa em terras baixas”. Ela começou lembrando da importância das cultivares com tecnologia Irga para o crescimento da produtividade do arroz no RS. E relatou suas experiências com o trevo persa e os bons resultados como alternativa ao azevém. Glaciele relacionou alguns avanços: com a soja o produtor aprendeu a drenar as terras baixas; leguminosos adaptadas; rotação de cultura consolidada, principalmente com a soja; 10% de semeadura direta (colheita no seco); e a ótima produtividade, que bateu recorde na safra 2020/2021. E terminou apontando alguns desafios, como: adaptar as plantadeiras de arroz para o plantio direto; a relação propriedade/arrendatário, que ainda é bastante discutida; adubação da cobertura de inverno, pois ainda temos muitas pastagens sem adubação; e um sistema mais complexo a ser administrado.
Na segunda parte do fórum, a partir das 15 horas, o analista Élcio Bento, da consultoria Safras & Mercado, palestrou sobre o Mercosul e o mercado internacional de arroz. Bento apresentou dados recentes e encerrou apresentando uma previsão para os próximos meses de redução de cerca de 4% no preço do arroz em relação ao ano passado.
Também participaram do programa representantes de entidades que compõem a cadeia do arroz no Rio Grande do Sul: Alexandre Velho (Federarroz); Francisco Schardong (Farsul); José Mathias Bins Martins (Fearroz); e Tiago Barata (Sindarroz).
Ao final, o diretor comercial do Irga se disse gratificado ao conseguir reunir no Fórum integrantes da cadeia do arroz no RS. “Há diferenças entre os setores, mas no atual contexto todos temos que trabalhar juntos. E isso já está acontecendo. Hoje temos no Estado produtores bastante profissionais e uma indústria muito qualificada”, encerrou.
LIVRO
Nos dias 8 e 10, das 9 às 17 horas, ocorrerá na Casa do Irga o lançamento do livro “Arroz – Tecnologia, processos e usos”, da editora Blucher, com a presença de Gilberto Wageck Amato, um dos organizadores da obra. A publicação enfoca o pós-colheita e a industrialização do arroz, temas tratados por 16 autores. Amato trabalha na Estação Experimental do Arroz do Irga, em Cachoerinha, e também é autor de “Arroz de A a Z” e “Arroz no Programa Mundial de Alimentação das Nações Unidas”, entre outros.
Por causa da pandemia, a Casa do Irga no Parque Assis Brasil não promoverá, neste ano, degustação de produtos à base de arroz e nem o tradicional carreteirão.
PROTOCOLO SANITÁRIO
A presença na Casa do Irga na Expointer segue uma série de regras de restrição, determinadas pela administração do Parque Assis Brasil, devido à pandemia. Confira:
É obrigatório o uso de máscara protegendo nariz e boca;
Não será permitido qualquer tipo de aglomeração de pessoas (por isso, a entrada na Casa do Irga será controlada);
Ingressos para o parque serão vendidos apenas pela Internet, antecipadamente, mediante o preenchimento de formulário elaborado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs);
Todos passarão por uma triagem na entrada do parque, com medição de temperatura;
Dentro do Assis Brasil, haverá dispensers de álcool em gel e lavatórios de mãos em pontos estratégicos;
Estarão proibidas as seguintes atividades dentro do parque: eventos como happy hour, coquetéis, entre outros; oferta de produtos para degustação; excursões; parque de diversões; qualquer tipo de shows, atividades promocionais ou ações que possam gerar aglomeração de pessoas; música alta que prejudique a comunicação entre clientes; danças, bailes e a permanência de pessoas em pé em ambientes fechados.