Em ritmo constante, semeadura de arroz 2021/22 avança no Uruguai
(Por Rurales El País) Com uma evolução média de 3,7% a nível nacional, iniciou-se oficialmente a semeadura da safra de arroz. O norte é a área onde as tarefas estão mais avançadas, com um plantio de 17%, enquanto no leste, foi reportado 0,3% da área implantada. Enquanto isso, não há dados do centro do país.
A Associação dos Produtores de Arroz (ACA) prevê uma intenção nacional de plantio de 163,8 mil hectares. Isso representa um aumento de 15.000 a 20.000 hectares sobre a área da safra passada. No último ciclo produtivo do setor arrozeiro houve recorde de produtividade auxiliado pelo clima, custos consistentes e boa demanda, sendo uma safra excepcional. É a situação típica gerada pelos picos que se registram nos ciclos produtivos.
Assim, a safra 2020/21 do arroz apresentou uma produtividade recorde que ficou em 9.445 quilos por hectare, segundo os dados apresentados no XVII Workshop de Análise Tecnológico-Produtiva da Colheita do Arroz, organizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Agropecuárias (INIA) , com dados de seis engenhos de arroz, que cobrem cerca de 90% da área total.
Preocupação industrial
Com mais de 50% do arroz comercializado, a indústria busca soluções para problemas logísticos. As complicações logísticas em nível internacional, principalmente no que se refere à disponibilidade e custo de navios e contêineres, continuam afetando o comércio de commodities. Nesse sentido, a Associação Uruguaia dos Cultivadores de Arroz (ACA) está buscando alternativas para essa situação, buscando melhorar o fluxo de negócios e manter o bom nível de preços gerado.
Nos primeiros seis meses da safra 2020-2021, foi exportado 26% a menos do que o comercializado em 31 de agosto de 2020. Boa parte dessa queda foi gerada em função da menor exportação de arroz em casca, que, na primeiros seis meses da safra anterior, representaram 159.037 toneladas, enquanto na atual foram apenas 68.857. Além disso, há uma desaceleração geral na venda de todos os produtos, mas principalmente do arroz branco. Essa queda foi de 21% em termos de fluidez de negócios.
Mercados
O primeiro destino do arroz uruguaio foi mais uma vez o Iraque, com 32% das exportações. Em segundo lugar está o Peru, com 14% das exportações, ainda com 37% a menos que no ano passado.
O Brasil é o terceiro mercado e segue com volumes semelhantes aos do ano passado, já que a venda é feita por caminhão e é menos afetada do que a via marítima. O crescimento da demanda brasileira entre agora e o final do ano é mais complexo do que na safra anterior porque o estoque de arroz da própria produção no mercado interno é maior, além de ter importado volume expressivo do Paraguai.