O ARROZ E A SAÚDE

 O ARROZ E A SAÚDE

Autoria: Carlos Adilio Maia .

Em Epidauro, a grande escola médica da antigüidade, sabiam que a dieta de arroz era bem aceita por pacientes caquéticos, muito debilitados por doenças graves ou desnutrição crônica. Esses pacientes tinham diminuída a função de suas glândulas digestivas como fígado e pâncreas, não suportando realimentação pela maioria dos alimentos usuais. O arroz, pela sua fácil digestão e características metabólicas, era usado, nestes casos, no delicado processo de realimentação de organismos limitados por déficit de seus sucos digestivos. 

Prisioneiros dos campos de concentração, após o término da Segunda Guerra Mundial, em adiantado grau de desnutrição, eram alimentados com sucesso por meio do leite e da água de arroz. Glicídio energético de alta digestibilidade apresenta índice glicêmico compatível com exercícios físicos prolongados. Isto fez com que o arroz fosse selecionado entre os alimentos consumidos em eventos esportivos, como as Olimpíadas Internacionais. 

Os gregos usavam também o arroz na dieta de doentes renais, que têm comprometida a função de filtro exercida pelos rins. Dentre as substâncias de mais difícil filtragem estão as nitrogenadas, resultantes do metabolismo das proteínas. A fração protéica do arroz, embora pequena, é a de melhor qualidade entre os cereais de grande consumo. Apresenta característica metabólica de gerar menos resíduos ou catabólitos nitrogenados, favorecendo a função renal de eliminação. Pacientes renais crônicos, submetidos à dieta de arroz, chegam a diminuir sua necessidade de hemodiálise. 

Estas são mais algumas qualidades desse excelente alimento que a humanidade cultiva e consome há cerca de seis mil anos.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter