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Novas cultivares: Embrapa apresentará um portfólio com novas variedades de arroz, que estão sendo lançadas para lavouras de todo o Brasil

Embrapa compartilha conhecimento e soluções tecnológicas no Cbai 2022

A Embrapa apresentará no 12º. Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado (Cbai), entre 26 e 29 de julho, em Santa Maria (RS), trabalhos relacionados a aspectos econômicos e comerciais do cultivo; rotação do grão em sistemas produtivos, impacto climático nas lavouras, controle de pragas e modernas cultivares de arroz. O portfólio é grande, entre os diversos cientistas da Embrapa que participarão do grande encontro da tecnologia para a rizicultura do Brasil e apresentado em painéis, debates, no estande da Embrapa e nos pôsteres.

Um dos mais aguardados temas é o resultado da pesquisa que analisou a eficiência econômica refletida pelo uso combinado entre adubação nitrogenada e diferentes inoculantes à base de bactéria fixadora de nitrogênio azospirillum brasilense. O resultado indica a possibilidade de redução no uso de fertilizantes formulados com ganho no balanço da renda líquida ao rizicultor, considerando o sistema produtivo de arroz irrigado no Rio Grande do Sul.

Dentro da perspectiva de estudos sobre o mercado, outra pesquisa focou o perfil das exportações de arroz do Brasil no período de 1997 a 2021. Dentre as constatações, evidenciou-se, por exemplo, que e as exportações brasileiras de arroz quebrado m 2021foram direcionadas principalmente a países africanos e europeus. Já as exportações de arroz em casca e beneficiado (parboilizado ou não parboilizado) foram dirigidas, em especial, a países latino-americanos.

Em outro estudo, pesquisadores da Embrapa trataram da produtividade da cultura do arroz em rotação com soja e feijão-caupi em ambiente irrigado no Tocantins. Nesse estado, o arroz é irrigado por inundação no período das chuvas (outubro a março) e, na entressafra (maio-setembro), essas áreas são utilizadas para outros cultivos. Esse manejo apresentou maior produtividade de grãos e pode ser indicado, desde que as condições climáticas favoreçam, o cultivo dessas duas culturas no mesmo ano agrícola.

Em um trabalho mais, a Embrapa aponta um aprimoramento para a compreensão do impacto de variáveis climáticas e geográficas no florescimento do arroz irrigado no Rio Grande do Sul. Foram testados dois modelos estatísticos que buscaram melhor representar a influência de dados relacionados ao clima sobre o período crítico da floração na lavoura. O modelo estatístico paramétrico, chamado regressão linear múltipla (LM), apresentou a melhor performance.

RESISTÊNCIA
Nos últimos anos, problemas de surtos de cigarrinhas em lavouras de arroz são registrados em diferentes regiões do Brasil. Isso vem provocando perdas e aumento dos custos na produção devido à necessidade de implementar medidas para o seu controle. Uma pesquisa da Embrapa identificou cultivares que possuem mecanismos de resistência à espécie de cigarrinha designada sogatella kolophon. Conforme esse estudo, as causas da expressão dessa resistência nas cultivares estão relacionadas, em parte, à produção de substâncias aleloquímicas, que causam repelência ao inseto.

 

Avanço genético
O Programa de Melhoramento de Arroz da Embrapa está apresentando também dois trabalhos ligados a novas cultivares de arroz irrigado, discutindo as principais características agronômicas, desempenho no campo e qualidade de grãos de valor para a cadeia produtiva. A primeira cultivar é a BRS A705, classificada como precoce, com ciclo no Rio Grande do Sul em torno de 120 dias. Distingue-se das demais pela altura de plantas, sendo de cinco a 10 centímetros mais baixa que outras cultivares comerciais. Além disso, possui grãos longos e finos, com excelente qualidade industrial e culinária.

Já a BRS A706 CL é uma opção de cultivar de ciclo médio para o sistema de produção Clearfield® da Basf, com nível de tolerância ao acamamento que permite ser indicada tanto para semeadura direta em solo seco quanto em pré-germinado, nas regiões tropical e subtropical do Brasil. A expectativa é que essa cultivar contribua para maior seguridade de renda ao produtor, pelo elevado potencial produtivo, satisfatória reação de resistência à doença brusone e estabilidade no rendimento de grãos inteiros, e à indústria, pelo suprimento de matéria-prima para linhas de produtos premium.

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