No nível superior
Rice Money Maker põe em evidência a relação eficiência produtiva x lucro
Com participação de 22 lavouras de arroz irrigado da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, a Equipe FieldCrops, que reúne pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e diversas instituições de pesquisa, deu partida na segunda edição do campeonato Rice Money Maker. Em 2022/23, do Brasil, participarão lavouras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins, estados que produzem 85% do arroz nacional.
Além de entrarem estabelecimentos paraguaios na disputa, o concurso incluiu mais indicadores de sustentabilidade, como a estimativa da emissão de metano e diversidade de atividades agrícolas, segundo o coordenador da Equipe FieldCrops, o professor Alencar Zanon, da UFSM. Como um dos fatores de desenvolvimento da orizicultura é a rotação de cultivos, será realizada também a segunda competição na área de soja, a Soybean Money Maker.
Participaram do Rice Money Maker 2021/22 14 lavouras da Argentina, Brasil e Uruguai. Zanon destacou que a eficiência produtiva dessas áreas foi muito alta e a lacuna de produtividade de apenas 17%. Na média dos três países, é de 47%.
Ele enfatizou que a eficiência produtiva está relacionada a outro indicador econômico abordado no campeonato, a lucratividade. Estudos indicaram que as maiores lucratividades são obtidas em eficiências produtivas de 69% a 83%. Na edição 2021/22, os maiores lucros relativos ocorreram em eficiências entre 76% e 93%. As lavouras foram monitoradas desde o plantio, em aspectos ambientais, econômicos e sociais. O grande campeão alcançou produtividade de 14 mil quilos por hectare.