Estratégias para controle de gramíneas em arroz: novas alternativas
O arroz é base da alimentação da população brasileira. Os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul respondem por mais de 60% da produção nacional. O estado de Tocantins desponta também como um grande produtor de arroz. A cultura sofre diversos eventos estressores bióticos ou abióticos durante seu ciclo biológico. Entre os fatores interferentes, as plantas daninhas se destacam pelo grande impacto na redução de produtividade.
Essas plantas daninhas provocam danos desde a germinação até a colheita do arroz.
Entretanto, os primeiros 25 a 30 dias após a semeadura representam o período mais crítico de competição do arroz com as plantas daninhas, especialmente com gramíneas que são ávidas por nitrogênio, água e luz, disputando esses recursos do meio com a cultura comercial. Um dos problemas enfrentados com as gramíneas é o constante fluxo de germinação delas a partir do banco de sementes do solo durante longo período do ciclo do arroz.
Esse é um fator importante a ser considerado nos programas de manejo com herbicidas, uma vez que temos poucas opções para controle de gramíneas em pós-emergência, aliado a dificuldades cada vez maiores de manejo de água após a aplicação desses herbicidas.
Nesse sentido, reforça-se a necessidade de iniciar o controle precocemente com herbicidas pré-emergentes e complementação com pós-emergentes eficientes em estágios mais precoces das plantas daninhas. Em complemento, é desejável a entrada de lâmina de água com a maior brevidade para se evitar novos fluxos de emergência das gramíneas.
Um dos gargalos no controle de gramíneas é a pouca opção de herbicidas pós-emergentes que sejam eficientes para controle de espécies como o capim-arroz (Echinochloa sp.), milhã (Digitaria ciliaris), papuã (Urochloa plantaginea) e capim pé de galinha (Eleusine indica), entre outros.
Nesse panorama crítico do manejo de gramíneas que estamos enfrentando, o herbicida METAMIFOP surge como alternativa importante para controle pós-emergente, pela seletividade à cultura e pela alta eficiência do ingrediente ativo no controle das principais espécies gramíneas competidoras.
É um herbicida que vai possibilitar ao produtor de arroz o acesso a uma ferramenta de alta performance, que chega com força para compor um robusto programa de manejo visando a obtenção de altos tetos produtivos.
Sylvio Henrique Bidel Dornelles
Prof. Universidade Federal de Santa Maria
Danie Martini Sanchotene
Prof. Universidade Regional Integrada (URI).