A diferença na lavoura

 A diferença na lavoura

Adubação: Etapa do Projeto 10

A utilização do nitrogênio no seco.

O agricultor Moizes Teixeira aponta a aplicação da adubação nitrogenada no seco como a principal mudança percebida entre as tecnologias de manejo que foram agregadas à sua lavoura dentro do Projeto 10. “Foi a primeira vez que usamos a distribuição de uréia no seco, logo à frente da água. E deu um bom resultado. O arroz desenvolveu muito nesse sistema”, explicou.

A recomendação da pesquisa é a entrada da água até três dias depois da aplicação do nitrogênio (N). Na safra 2001/ 2002, Teixeira e seu sócio Gilberto Raguzzoni plantaram 10 hectares pelo programa. Na safra que está iniciando, estão dobrando a área. “A lavoura, de 800 hectares, receberá aporte tecnológico das experiências que tivemos no ano passado”, reconhece Teixeira. “Assim, pretendemos colher mais”, acrescenta.

Na última safra, a lavoura geral obteve produtividade média de 7.525 quilos por hectare. Na área do Projeto 10, com uma variedade que sentiu mais os problemas de clima, a média foi de 7.385 quilos. Na safra 2002/ 2003, Teixeira utilizará a cultivar Irga 417.

 

Nenhuma etapa pode ser negligenciada

A realização de um bom preparo da lavoura e o planejamento para realizar todas as etapas sem negligenciar nenhuma das ações previstas são um dos segredos para buscar produtividade de 10 toneladas por hectare na propriedade do orizicultor Élvio Marchezan. Ele destaca que na região há uma condição favorável de solo, clima e tecnologia para obter rendimentos bem acima da média gaúcha.

Na safra 2001/ 2002, Marchezan plantou 10 hectares com o sistema orientado pelo Irga. Colheu 7,5 mil quilos. Para a safra 2002/2003, está plantando 20 hectares seguindo orientações do projeto e mais 130 hectares da lavoura geral com adoção parcial desta tecnologia. No primeiro ano que implantou o projeto, a diferença sobre a média da propriedade foi de 32 sacos por hectare. Como o custo com adubo de base e nitrogenado ficou em seis sacos, o lucro foi de 24 sacos. Com a média de R$ 25,00 em setembro, o resultado financeiro foi de R$ 600,00 por hectare.

 

Pioneirismo e Tecnologia

O agropecuarista Valter José Potter, proprietário da Fazenda Guatambu, em Dom Pedrito, é um dos mais reconhecidos nomes do Rio Grande do Sul quando se fala em genética hereford e nos bons resultados colhidos da integração entre lavoura e pecuária no país. Potter é um dos maiores entusiastas do Projeto 10. Na safra 2001/2002, a Fazenda Guatambu adotou a tecnologia do projeto em 10 hectares. Os resultados foram bons. Há um objetivo e um conjunto de medidas que podem sofrer adequações, mas a t e c n o l o g i a deve ser utilizada em toda a lavoura na safra 2002/2003. Para a área que será analisada, mais 10 hectares, Potter realizou o entaipamento em fevereiro de 2002. A área foi considerada a melhor preparada no check-list realizado em setembro.

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