A hora da verdade

 A hora da verdade

Plantio da lavoura que abrirá a colheita brasileira

29ª Abertura da Colheita
propõe a diversificação
pela sustentabilidade
da orizicultura gaúcha
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 A zona sul gaúcha sediará a 29ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz com a meta de fazer com que a lavoura de arroz ingresse em uma nova e promissora fase baseada na sustentabilidade econômica, social e ambiental com aperfeiçoamento da gestão, emprego de tecnologias de ponta e, em especial, a diversificação da matriz produtiva. O objetivo é garantir a rentabilidade. A rotação de culturas e a integração entre lavoura e pecuária estão no centro desse desafio, mas a mudança de ares na política do estado e do país é um componente fundamental. Por isso, a programação propõe reuniões, palestras e debates que levem à garantia de soluções para seus gargalos estruturais.

A Abertura da Colheita acontecerá de 20 a 22 de fevereiro de 2019, na Estação de Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS). “A zona sul foi escolhida por vários motivos, dentre eles o interesse dos expositores e visitantes, e fatores como a representatividade de cada elo da cadeia de produção, a infraestrutura, o exemplo de diversificação, que é o tema do evento – “Matriz produtiva: atividade diversificada, renda ampliada”-, justifica Alexandre Azevedo Velho, vice-presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz).

Se na lavoura o foco é a integração entre lavoura e pecuária, alternância cultural, redução de custos e otimização do uso de tecnologias prevendo a sustentabilidade, no ambiente político a meta é sensibilizar os novos governantes e parlamentares a construírem uma política agrícola capaz de resgatar a competitividade do setor e encaminhar soluções para os gargalos estruturais da orizicultura. Tratam-se de demandas históricas, como resolver as assimetrias do Mercosul, o seguro agrícola ineficiente, a alta carga tributária, deficiência de logística, burocracia e custos para exportar, preço mínimo defasado, passivos do Funrural e alto grau de endividamento, falta de acesso ao crédito oficial, guerra fiscal e burocracia que impede a importação de insumos diretamente. “Os governantes eleitos têm ciência das demandas e mostram interesse e boa vontade. Nosso desafio agora é fazê-los transformar essa boa vontade em soluções práticas desses gargalos”, acrescenta.

ZONA SUL
A Embrapa Clima Temperado dará o suporte técnico, o espaço e participa da organização. A equipe do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) da zona sul também prepara vitrinas e a lavoura da abertura. Clenio Pillon, chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, aponta a relevância de sediar o evento. “Além de um dos berços da orizicultura irrigada, a zona sul abrange todos os elos da cadeia produtiva, desde os insumos ao mercado externo, passando pela produção de alta qualidade, a pesquisa e a indústria”, frisa.

FIQUE DE OLHO
Os organizadores pretendem contar com a presença do governador do Estado, Eduardo Leite, que comprometeu-se publicamente com as demandas setoriais, e do presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Agricultura. A lavoura do futuro objeto destes debates é aquela que gera renda, empregos, tem o menor impacto ambiental possível, grãos de qualidade e representa avanço social e econômico também às suas comunidades. Para tanto, precisa ter condições de competir sem carregar o peso de gargalos estruturais e as assimetrias que favorecem aos seus concorrentes dentro do próprio país.

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