A indústria faz sua parte

 A indústria faz sua parte

Indústria: descobrindo o mundo

Lição de casa é exportar e incentivar o consumo de arroz
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A indústria gaúcha de arroz, associada a tradings brasileiras e internacionais, está consolidando um recorde de exportações de arroz. Os números, que se aproximam de 250 mil toneladas (base casca) até outubro, não traduzem as dificuldades desta verdadeira corrida com obstáculos, na qual as empresas gaúchas estão conseguindo mostrar fôlego. 

Se o Brasil confirmar a venda externa de 300 mil toneladas, base casca, em 2005, confirmará uma participação de 1,15% do competitivo e altamente subsidiado mercado mundial. A FAO estima movimentação de 25,9 milhões de toneladas no comércio mundial. São números positivos para um Brasil que há mais de 20 anos está entre os 10 maiores importadores do cereal. 

O presidente do Sindicato das Indústrias do Arroz do Rio Grande do Sul (Sindarroz), Élio Coradini, explica que o esforço para exportar arroz quebrado deu tanto resultado que outras iniciativas foram tomadas. Em outubro, houve a primeira exportação significativa de arroz parboilizado: quase 30 mil toneladas (base casca). Antes disso, o país só vendia arroz beneficiado, polido e parboilizado, em pequenas quantidades. Este negócio foi possível porque no momento da compra da matéria-prima pela indústria, o arroz “fraco” estava com um preço muito baixo. 

Questão básica
Para exportar, as empresas precisaram enfrentar a presença de produto subsidiado no mercado internacional, o chamado “custo Brasil” e a burocracia interna. Como o pedido era de arroz ensacado e o custo para embarque em Rio Grande era de 25 dólares/tonelada, a operação seria inviável. Uma empresa foi contratada para ensacar o produto no destino. O custo ficou em oito dólares, abaixo até do custo do Uruguai: 8,50 dólares/tonelada. 

Diversas empresas concorrentes no mercado interno se reuniram para a operação. O lucro foi mínimo num esforço para abrir mercado. Além disso, foi carregado arroz 25% melhor do que pedia o contrato, manobra que poderá garantir clientes fiéis. O produto foi entregue na primeira semana de novembro e os primeiros contatos foram positivos. O câmbio e a valorização da matéria-prima, agora, são os maiores obstáculos para vencer.

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