Abertura agendada

 Abertura agendada

Está confirmada para o sexto ano consecutivo a realização da Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, pela Federarroz e Embrapa, em Capão do Leão. A 34ª edição acontecerá de 21 a 23 de fevereiro de 2024, na Estação Experimental Terras Baixas, da Embrapa Clima Temperado. O evento que marca o início simbólico da colheita do arroz no Rio Grande do Sul e no Brasil tornou-se uma feira dinâmica, com perto de 150 expositores, vitrinas tecnológicas e muitas informações sobre mercados e tecnologias agrícolas.

Arroz perene
Arrozeiros de subsistência da Ásia e da África já realizam repetidas colheitas em uma lavoura perene e com estabilidade produtiva. O formato permite redução dos custos com mão de obra, energia e reduzem impactos ambientais, como emissão de gases nocivos ao meio-ambiente. Três variedades resultaram do cruzamento entre cultivares comerciais da Tailândia e “selvagens”, mas altamente resilientes, da África. São as primeiras em quase 10 mil anos de domesticação da cultura.

Classificados para Irrigação
A Embrapa lançou nova versão do Sistema Brasileiro de Classificação de Terras para Irrigação (SiBCTI), que é capaz de fornecer informações sobre 16 culturas agrícolas, incluindo soja e arroz. O sistema é capaz de avaliar a aptidão e o potencial das terras para o desenvolvimento de culturas sob diferentes tecnologias de irrigação e está disponível à sociedade por meio de um software. A versão completa foi disponibilizada em abril.

Sob pressão

Um grupo formado por representantes da indústria e da produção de arroz do Rio Grande do Sul encontrou-se com o vice-governador do Estado, Gabriel Souza, para retomar as discussões acerca da acelerada perda de competitividade do arroz gaúcho nos mercados interno e externo. O principal ponto em debate é a necessidade de dar mais competitividade ao arroz gaúcho. Hoje, ele é penalizado pela legislação tributária. A proposta de adotar o modelo paranaense de tributação, único possível perante a legislação, que recomporia a condição competitiva do grão beneficiado no país, tem a resistência do setor fazendário, mas é vista como única solução pela cadeia produtiva. Resposta ficou para junho.

Selvagem chinês

A China concluiu a construção do maior repositório mundial de recursos genéticos de arroz selvagem, que servirá para compartilhamento global de recursos de germoplasma, cruciais para desenvolver variedades mais fortes e de rendimentos mais altos. São 13.000 amostras de germoplasma de 21 variedades de arroz selvagem de todo o mundo. Evoluídas em habitats naturais e adaptadas para prosperar em diferentes ambientes, contêm recursos genéticos usados no melhoramento e criação de cultivares com características como resistência a doenças, tolerância a climas extremos e melhor rendimento agronômico e qualidade superior para diferentes padrões de consumo.

Escassez?
Relatório da Fitch Solutions correu o mundo dizendo que em 2023 o mercado global de arroz registrará o maior déficit em 20 anos: 8,7 milhões de toneladas. Evidências são os altos preços e baixas produções, em especial na Ásia-Pacífico, que consome 90% do cereal, queda dos estoques de grãos por guerra na Ucrânia e a necessidade de dois anos para a volta do equilíbrio. Mesmo permanecendo altos os preços até 2024, o relatório sugere que a média do cereal, até o momento em 2023, ficou em US $ 17,30 por quintal (45,36kg) na Cbot, deve diminuir até $ 14,50 em 2024. Só não contou o gigantesco estoque mundial de arroz, que põe por terra boa parte desses argumentos.

Bom conselho
Estão convocadas as eleições do conselho deliberativo do Irga para o triênio 2023/26. Cada cidade com direito à representação elegerá um titular e dois suplentes. A votação ocorrerá no dia 12 de julho. As chapas deverão ser encaminhadas à sede, em Porto Alegre, por meio dos núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates) respectivos, conforme jurisdição, até o dia 16 de junho, com indicação mínima de 10 (dez) produtores de arroz, excetuando-se os candidatos. A votação ocorrerá das 8h30min às 17h do dia 12 de julho. A posse dos novos conselheiros está marcada para 29 de agosto, em cerca de 80 municípios.

Arroz em Marte
O solo de Marte pode ter todos os nutrientes necessários ao cultivo de arroz, um dos alimentos mais importantes da humanidade. Mas o cientista Abhilash Ramachandran alerta que a planta deve precisar de ajuda para sobreviver em meio ao perclorato, um sal tóxico ao cultivo e cuja presença foi detectada na superfície do planeta. Experimentos conduzidos com um solo simulado, feito de basalto do Mojave, e diferentes níveis de mistura de terras e compostos e de perclorato, sob irrigação, as plantas se desenvolveram, mas com raízes finas e brotação leve. Substituindo 25% do solo, os resultados foram promissores. A pesquisa continuará, agora, selecionando genes que potencializem o desenvolvimento das plantas que avançaram sob essas condições.

Arqueologia
O cultivo de arroz na região de Mazandaran, no Irã, data de cerca de 3.000 anos, disse o arqueólogo Ebrahim Amirkolai. O estudo se baseia em evidências encontradas em escavações que também revelaram cerâmicas, vestígios arquitetônicos, enterros e descobertas como ferramentas de pedra, figuras de animais e objetos de bronze. Muitas culturas têm evidências do cultivo inicial de arroz, incluindo a China, a Índia e civilizações do sudeste asiático. A mais antiga vem da China central e oriental e data de 7.000 a.C. O Irã é um dos maiores importadores de arroz do mundo.

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