Abertura da Colheita do Arroz terá painéis sobre mercados
(Por AgroEffective, Ieda Risco) Entre as atividades programadas para o primeiro dia da Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, estarão painéis e palestras focadas em mercado. Os que se fizerem presentes no Auditório Frederico Costa acompanharão, no turno da tarde, as conversas sobre mercado internacional, cenário global para o agronegócio e oportunidades. Às 16h, Carlos Cogo irá discorrer sobre o cenário global e as tendências para 2024/2025, em uma palestra que contará com o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, como moderador. Após, haverá um painel com Guilherme Gadret e Ricardo Hahn, precedido por debate que terá o diretor de exportação da Federarroz, Juandres Antunes, como moderador.
O consultor Carlos Cogo conta que iniciará sua palestra por uma avaliação do agronegócio global e brasileiro, e demonstrará como o Brasil chegou à liderança da exportação global de grãos e de proteínas de origem animal. Segundo ele, também será apresentado o ritmo de crescimento do setor e o que esperar do futuro, quais os fatores que dão sustentação a este avanço do Brasil no mercado de exportação de grãos e de carne. O palestrante também falará sobre variações dos mercados de arroz irrigado, soja e pecuária, e também sobre os desafios e oportunidades para a temporada 2024/2025. “Para o arroz, vamos ter que avaliar essa nova etapa da cultura trabalhando com preços remuneradores, depois de uma sequência longa de anos com margens apertadas ou até mesmo inexistentes, e agora um ajustamento bom entre oferta e demanda”, relata.
Segundo Cogo, a redução de área plantada foi muito bem-vinda no Brasil e gerou um bom equilíbrio entre produção e consumo, e bons volumes de exportação. Salienta que o Brasil se inseriu muito bem no mercado internacional do arroz e isso garantiu o escoamento de excedentes do produto para o exterior, criando um novo patamar de preço para a cultura, ou seja, remunerador e mais justo. A soja e o momento difícil que enfrenta também terá seu espaço na fala de Carlos Cogo, incluindo o tema quebra de safra e os preços em queda tanto no mercado interno quanto externo, com a rentabilidade desaparecendo em alguns pontos, como no Norte e Centro-Oeste.
O diretor de exportações da Federarroz, Juandres Antunes, fala que sobre o painel que irá moderar, a expectativa é deixar uma mensagem clara de que a exportação é o melhor investimento para o produtor. “É importante esclarecer que o México e a Costa Rica são dois locais fundamentais para nós, que temos que abastecê-los, e colocar que a gente, como exportador de arroz, precisamos sempre estar presentes nos locais”, afirma. Para o produtor, não adianta exportar em um ano e não no outro. Antunes também ressalta que a exportação é um ótimo mecanismo de ajuste de oferta e demanda, e para liquidez no mercado.
A 34ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas ocorre entre os dias 21 e 23 de fevereiro na Estação Experimental da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS). O evento é uma realização da Federarroz e correalização da Embrapa e do Senar RS, com patrocínio Premium do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A programação completa pode ser conferida no site colheitadoarroz.com.br onde também devem ser realizadas as inscrições, que são gratuitas.