Abertura oficial da Colheita de Arroz ocorrerá de 18 a 20 de fevereiro
O presidente da Federarroz, Alexandre Velho (D) e o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, no evento de lançamento da abertura da colheita do arroz | Foto: Pedro Piegas
(Por Poti Silveira Campos, Correio do Povo) A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) lançou, nesta terça-feira, 27, a 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas. O evento ocorreu na Casa do Senar/RS, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, dentro da programação da 47ª Expointer.
A 35ª Abertura está prevista para os dias 18, 19 e 20 de fevereiro de 2025, na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS). Em 2024, o evento recebeu 15,3 mil de diversas regiões do país e do exterior. Para 2025, a expectativa é de que 16 mil pessoas compareçam ao encontro. O tema para 2025 será “Produção de Alimentos no Pampa Gaúcho: Uma visão de futuro”.
O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, destacou “a busca de tecnologias, alternativas e intensificação da rotação de culturas, mantendo uma linha de altas produtividades e, consequentemente, viabilidade para poder se manter na atividade agrícola”. Velho também salientou acreditar que o Rio Grande do Sul continuará sendo o maior produtor do cereal no país, principalmente em razão clima adequado à gramínea.
Importação e dívidas
No ato de lançamento da abertura, a tentativa frustrada de importação de arroz pelo governo federal, logo depois das chuvas e enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul em abril e maio, foi alvo de crítica pelos produtores rurais. O tema do endividamento dos agropecuaristas gaúchos também foi abordado. “Tivemos uma luta muito séria com o poder central. Não precisamos importar arroz”, disse o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, Gedeão Pereira. O dirigente lembrou que, imediatamente ao fenômeno climático, o que se debateu não foi sua caracterização como uma alteração permanente, provocada pelo homem ou natural, mas a segurança alimentar do Brasil, em razão de uma eventual falta de arroz decorrente de dificuldades logísticas enfrentadas pelo Estado naquele momento.
Para o presidente da Federarroz, a negociação entre produtores e o Palácio do Planalto em torno da importação, ainda que não totalmente encerrada, “está bem encaminhada”. “Mostramos ao governo federal que os preços estão estabilizados”, disse. A suposta especulação no valor do arroz, cobrado ao consumidor, constituía o principal argumento do governo para justificar a aquisição do cereal no exterior. Em relação às dívidas do agronegócio gaúcho, Velho afirmou ter esperança de que o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anuncie, na sexta-feira, 30, em visita à 47ª Expointer, “uma solução com prazo [para pagamento] e juros compatíveis”.
A Abertura Oficial da Colheita do Arroz é uma realização da Federarroz e correalização do Senar/RS e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
