Alfredo Lago listou as conquistas e dívidas do governo uruguaio para o setor de arroz

 Alfredo Lago listou as conquistas e dívidas do governo uruguaio para o setor de arroz

Abertura da colheita ocorreu na sexta-feira, no Chuy

Mesmo com avanços, o presidente da ACA afirmou ao presidente do país, Lacalle Pou, que é necessário seguir melhorando a infraestrutura produtiva e de logística do país.

O produtor e presidente da Associação dos Cultivadores de Arroz do Uruguai (ACA), Alfredo Lago, enumerou várias situações que constituem conquistas e dívidas do Governo de seu país nos últimos 12 meses, durante o discurso de abertura da colheita do arroz, na sexta-feira, no Departamento de Rocha, próximo do Chuy, na divisa com o Brasil.

A primeira reclamação do Lago referia-se aos produtores que partilham a administração da barragem India Muerta, agora a cargo da Comisaco que integra a indústria, em particular a Saman e a Coopar. “É oportuno e necessário aumentar a participação dos produtores na governança” dos sistemas de irrigação “porque produtores e industriais nem sempre têm os mesmos interesses”, afirmou.

Referindo-se ao Banco República, disse que esta casa tomou medidas que “permitiram a reestruturação do endividamento com prazos e taxas correspondentes, e a geração de linhas de crédito mais acessíveis aos arrozeiros”. Esses avanços financeiros “apontam o caminho e os resultados são positivos”.

No entanto, solicitou a retomada do SIGA (Sistema Nacional de Garantias) do Arroz e que o Banco Central aceite o penhor da safra futura como garantia, o que constitui "um pedido reiterado da ACA que infelizmente não foi atendido", lamentou. Ele também pediu "para adaptar a taxa do Fundo do Arroz à nova realidade dos mercados."

ENERGIA ELÉTRICA

Lago expressou que foi bom o governo manter o desconto de 15% na energia elétrica para irrigantes, mas criticou que "não foi estendido para a fase industrial", o que acaba gerando "despesas assumidas pelo produtor".

COMBUSTÍVEIS

Em relação aos combustíveis, "os resultados são muito melhores", pois a ACA tem conseguido melhorar os preços nos acordos com as distribuidoras Ducsa e DISA (ex-Petrobras) e é "possível assinar com um terceiro selo", anunciou. Tudo isso gera uma redução no custo do diesel em 10%.

Mas "há medidas pendentes sobre a livre importação de combustíveis e a melhoria da concorrência", em que o governo tentou avançar por meio de um projeto de lei, mas depois o Parlamento rejeitou, tendo o Partido Colorado e o Conselho Aberto como principais adversários, mas também houve legisladores do Partido Nacional, afirmou.

TELECOMUNICAÇÕES

O presidente da ACA também criticou a Antel, cuja cobertura é "muito precária" em algumas áreas, até para fazer um telefonema. “Hoje, se não fosse pela colocação de uma antena móvel, seria impossível fazer a transmissão do evento de forma virtual”, comentou.

LOGÍSTICA E INVESTIMENTOS.

Em termos de infraestrutura, Lago acolheu a ponte Cebollatí em La Charqueada, a drenagem do canal Andrioni, a hidrovia da lagoa Merin e as melhorias nas vias. A logística "faz a diferença na produção" e diz respeito a todos os negócios "para além da área específica". Afirmou
ainda que "é urgente viabilizar novas tecnologias de transporte" como os caminhões bitrain e tritrenes.

“Em outra ordem, dada a necessidade de investimentos que o país possui e conhecendo o comportamento de reinvestimento do setor arrozeiro, é importante especificar a prorrogação dos prazos para apresentação de projetos no Comap (Comissão de Execução da Legislação de Investimentos). Dissemos à Ministra (da Economia, Azucena Arbeleche), sabemos que vai ser emitido um decreto. Para nós é muito importante ”, enfatizou.

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