Alta intensidade

 Alta intensidade

Mercado mundial
deve alcançar recorde
de negócios
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 O mercado mundial de arroz deve alcançar um recorde de negócios em 2018, superando o ano comercial posterior à safra com El Niño em 2016/17. As previsões para o comércio global em 2018 foram atualizadas pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) no relatório de outubro e projetam o recorde de 48,4 milhões de toneladas contra 48,1 Mt em 2017.

Segundo Patrício Méndez del Villar, do Cirad, em seu boletim InterArroz, o leve aumento de 0,6% leva em conta as importações do Egito, que devem crescer até o final do ano. “A demanda asiática deve ser mais ativa também”, revela. Por outro lado, as necessidades de importação no sul da Ásia devem cair.

No resto do mundo as importações permanecem estáveis graças à maior disponibilidade interna de safras maiores. “Do lado da oferta, as perspectivas são boas, mesmo com desempenho inferior da Índia e da Tailândia em relação aos recordes de exportação de 2017”, acrescenta.

PREÇOS
Em setembro, os preços mundiais voltaram a cair de forma moderada, com o mercado mais ativo e menor disponibilidade exportável antes da chegada da principal safra asiática. Na Índia e Paquistão, a contração dos preços foi mais significativa pela previsão de aumento da produção.

Patrício Méndez del Villar afirma que as tendências baixistas contrastam com a situação na Tailândia, onde os preços tendem a se recuperar, estimulados pela demanda chinesa, indonésia e filipina. “No Vietnã, os preços foram revalorizados graças a novos contratos com o Oriente Médio”, avisa. Ademais, a demanda de importadores da Ásia e África deve permanecer forte até o fim do ano.

Nos Estados Unidos, os preços caíram em setembro, mas tendem a se estabilizar com a comercialização da safra. No Mercosul, as cotações permaneceram estáveis dentro de uma forte atividade exportadora. No início de outubro, as referências mundiais tendiam a subir, em parte devido à contração do dólar em relação às moedas asiáticas.


QUESTÃO BÁSICA

No Mercosul, os preços de exportação permaneceram estáveis dentro de um mercado bastante ativo. Na Argentina, as exportações também avançaram, superando as 300.000 t nos primeiros nove meses do ano, melhorando em 10% em relação a 2017. Por outro lado, no Uruguai as vendas externas continuam apresentando um atraso de 17%. O preço do arroz com casca brasileiro caiu 1,4%, para $ 222/t contra $ 225 em agosto. No início de outubro, o preço tendia a subir, em torno de $ 237, devido à revalorização do real relativo ao dólar.


FIQUE DE OLHO
Em setembro, o índice Osiriz/InfoArroz (IPO) caiu 2,5 pontos, para 198,0 pontos (base 100 = janeiro de 2000), contra 200,5 em agosto. A partir de outubro, o índice tendia a se recuperar para 200 pontos.

 

 

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