Apesar da ocorrência de precipitações nas regiões produtoras, o tempo seco

 Apesar da ocorrência de precipitações nas regiões produtoras, o tempo seco

Expectativa é de que a safra seja muito produtiva e de boa qualidade

Colheita já alcança 81% e preços seguem em alta.

Apesar da ocorrência de precipitações nas regiões produtoras, o tempo seco predominou durante a semana e favoreceu o momento atual de colheita do arroz, que já alcança 81%. Nas áreas que ainda estão finalizando o ciclo, a diminuição da oferta de água pelosmananciais tem forçado o racionamento. A informação é do boletim semanal conjuntural da safra de verão, da Emater/RS, divulgado ontem.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, a colheita avançou durante a semana, chegando a 86% da área cultivada. A produtividade esperada está em oito mil quilos por hectare, reflexo das adequadas condições de desenvolvimento da cultura durante toda fase de cultivo. As lavouras colhidas inicialmente apresentaram produtividades maiores que a média, compensando a redução das que foram colhidas na semana.

Estas haviam sido afetadas pelas quedas de temperatura em fevereiro, cujos efeitos incidiram no período de florescimento em alguns cultivos, e também pelo racionamento de água no final do período. As áreas que ainda serão colhidas estão em maturação (14%). Em geral, o tempo tem sido favorável ao estado fitossanitário, resultando em cultivos com pouca incidência de doenças
e insetos, além de proporcionar boa sanidade de folhas, colmos e panículas.

Na região de Pelotas, a cultura está predominantemente em colheita e já alcança 70% das áreas. Em Pelotas, está praticamente concluída (97%); em São Lourenço, chegou a 80% e em Rio Grande, a 85%. As áreas com maior atraso se encontram em São José do Norte. O rendimento médio está em 8.500 quilos por hectare.

A colheita é a fase predominante na regional de Soledade, e já alcança 75% das lavouras. O rendimento médio é de 6.640 quilos por hectare. Nas demais áreas, a fase de enchimento de grãos está finalizando (3%) e 22% encontram-se em maturação. A irrigação vem sendo racionada em função de os cursos (rios e riachos) e os reservatórios continuarem com baixos níveis de água, sinalizando redução de 10% do rendimento.

Na de Santa Maria, as condições de tempo favoráveis permitem o bom desenvolvimento das lavouras. A colheita está em ritmo intenso, alcançando 60% das áreas cultivadas. As perdas são de 11% em relação à previsão inicial de 7.545 quilos por hectare. Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, a maioria das lavouras foi colhida, restando menos de 10% da área cultivada. O rendimento atual está em oito mil quilos por hectare. Os produtores têm aproveitado as boas condições do mercado e comercializado o produto para garantir melhor rentabilidade.

Na de Porto Alegre, a colheita que já alcança 59% deverá ser acelerada à medida que as lavouras plantadas no final de novembro e durante dezembro forem completando o ciclo. Os grãos colhidos apresentam boa qualidade. Nas demais áreas, a fase de floração está se encerrando (1%), em 6% das lavouras a fase é de enchimento de grãos e 34% estão em maturação. O contingenciamento de água no final de ciclo da cultura em algumas áreas tem
contribuído para a queda de rendimento, que já chega a 13% em relação à produtividade
esperada para a cultura.

Mercado (saca de 50 quilos)

No levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar, a cotação média do arroz no Estado foi de R$ 52,22/sc., um aumento de 0,69% em relação ao preço cotado na semana anterior.

Na regional de Bagé, o preço variou entre R$ 46,50 e R$ 56,70/sc.; na de Soledade, o arroz foi comercializado a R$ 49,00; na de Pelotas, o preço variou entre R$ 51,00 e R$ 58,40; em Santa Maria, chegou a R$ 52,20; na de Santa Rosa, a R$ 51,00, e na regional de Porto Alegre, o produto foi cotado a R$ 54,20/sc.

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