Área de arroz ganha valorização em SC
Pouca terra disponível no Vale faz o preço subir na região
Rio do Sul.
A falta de terra disponível para a ampliação do cultivo de arroz irrigado no Alto Vale do Itajaí coloca a região como uma das mais valorizadas do país. De acordo com o Instituto FNP, com sede em São Paulo, especialista em agronegócio, as várzeas estão cotadas em US$ 12.138 por hectare.
Esse custo é porque o relevo acidentado impede que a área seja maior do que os 12 mil hectares. Outra situação é que em cidades como Rio do Sul alguns rizicultores admitem deixar a atividade, comercializando suas terras para fins imobiliários, caso os preços continuem abaixo das expectativas.
O presidente da Cooperativa Regional Vale do Itajaí (Cravil), Harry Dorow, observa que nos últimos anos a quantidade da área plantada tem se mantido a mesma. Como é uma atividade rentável, são poucos os produtores que optam por vender suas áreas propícias ao cultivo. O alto custo para investir na atividade inviabiliza a entrada de novos rizicultores.
A solução, aponta Dorow, tem sido arrendar áreas, onde a produtividade atual não compensa ou comprar do vizinho.
Foi o caso de Walmor dos Santos Filho, de Agronômica. Como no município os 54 rizicultores conseguem plantar em apenas em 360 hectares, a solução foi arrendar área em Pouso Redondo. O proprietário do imóvel colhia de 120 a 150 sacas por hectare.
Logo no primeiro ano, Walmor obteve de 220 a 240, a mesma média de Agronômica. Ele apenas preparou adequadamente o solo, fez o nivelamento da água em 100% e escolheu a variedade de semente que considerou ideal.
Raio X
Os números por cidades
Município : Produtividade (*) : Área Cultivada/hectare
Agronômica : 11 toneladas : 360
Rio do Sul : 9 toneladas : 295
Pouso Redondo : 8,5 toneladas : 2,6 mil
Taió : 8,5 toneladas : 2,5 mil
Rio do Oeste : 8,5 toneladas : 1,6 mil
Mirim Doce : 8 toneladas : 2,1 mil
Agrolândia : 8 toneladas : 1,6 mil
Rio do Campo : 7 toneladas : 1,8 mil
(*) Produtividade aproximada
Fonte: Cravil referente a safra 2005/06