Armas na lavoura

“As estruturas de irrigação não são armas contra a sociedade, mas ferramentas para alimentá-la”
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A lavoura brasileira de arroz irrigado precisa provar a cada safra que está conectada com os interesses de preservação e regeneração do meio ambiente. E o faz por meio de ações que minimizam o impacto ambiental da atividade e demonstram o esforço do setor produtivo em reduzir eventuais danos à natureza e à sociedade. A preservação ambiental é dever da orizicultura, mas não é exclusivo: é um dever da humanidade por uma questão de autopreservação. 

Ao longo dos anos, há esforço do arrozeiro na redução do uso de agrotóxicos, desenvolvimento e aplicação de técnicas de manejo mais limpas, cientistas atestando que a água que sai da lavoura é mais limpa do que aquela que veio do rio, iniciativas dos produtores na busca do licenciamento ambiental, outorga e preservação. 

A lavoura de arroz conhece e respeita a legislação ambiental. E está consciente da importância de preservar os recursos hídricos. Sabe que sem água não há lavoura. As exceções estão sujeitas às penas da lei. 

Falta à população urbana perceber que as estruturas de irrigação da lavoura de arroz não são armas contra a sociedade, mas ferramentas para alimentá-la e capazes de ajudar na reposição e melhoria da qualidade da água nos mananciais. Burocratizar e inviabilizar o acesso aos processos legais para uso da água na lavoura é papel de quem desconhece o setor ou para movimentos desconectados da realidade social, econômica e ambiental da lavoura irrigada. 

Considerar a lavoura arrozeira de alto impacto ambiental é um fator que deve ser questionado em bases científicas. Que a sociedade saiba quem polui e compromete seus recursos hídricos. E reconheça quem preserva e busca soluções para adequar as demandas ambientais às atividades produtivas.

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