Arroz concentrado

Indústria gaúcha reduz 4,5% o beneficiamento. Cai número de unidades

A indústria arrozeira gaúcha encolheu 16,2% em número de empresas e reduziu em 4,5% o beneficiamento em quatro anos. Os números são do novo ranking do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgado em novembro.

Rodrigo Machado, presidente do Irga, apontou que os dados se baseiam na arrecadação da taxa de Cooperação e Desenvolvimento da Orizicultura (CDO), em 2021. Em 2019 e 2020, o cálculo foi pela arrecadação da Secretaria da Fazenda (Sefaz), e não o processamento. Isso gerou distorções, como a inclusão de tradings que exportam o arroz em casca.

O ranking, comparado a 2018, último atualizado pela CDO, mostra a concentração de empresas e preocupante retração de 4,5% no total processado. Em 2018, eram 167 empresas e 178 unidades, e foram processadas 5.796.178 toneladas.

Em 2021, 140 empresas e 152 unidades (-21 ou 14,6%) processaram 5.532.631 toneladas. Caíram 263.547 toneladas. Algumas indústrias seguiram ativas, mas em outros grupos.

Tiago Barata, diretor do Sindarroz-RS, vê o recuo de 4,5% nos arrozes branco, parboilizado, integral e derivados como consequência da baixa competitividade indústria gaúcha frente aos demais estados. “Negociamos com o Estado para que o setor não siga penalizado, apresentamos sugestão de ganho competitivo, mas, ao longo do ano, não obtivemos resposta. Esperamos evoluir neste sentido em 2023”, afirmou Barata.

Questão básica
Líder na América do Sul, a Camil cresceu quase o equivalente ao porte da 2ª no ranking, Josapar, de 2018 a 2021. O share subiu 6,23 pontos, de 12,85% a 19,08%. Parte pela compra da SLC, 5ª em 2018, com 3,53% no estado. E duplicará a unidade de Itaqui. A São João Alimentos galgou 10 posições, é 8ª, participa em 2,37%. A Cooperja pulou de 13ª a 6ª, com 2,83%. Para 2024, a expectativa é na Urbano, que adquiriu a Broto Legal e deverá chegar ao 3º posto, agregando mais de um ponto aos seus 3,3%.

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