Arrozeiros obtêm apoio em Brasília

Protestos e reuniões resultaram em avanço. Contrato de opção privado deve sair ainda este ano. Mecanismo será discutido com a indústria.

A peregrinação dos representantes da cadeia produtiva do arroz em Brasília e os dois dias de protestos no RS, pela entrada do produto do Mercosul, começaram a surtir efeito positivo. Em reunião nesta quarta-feira 20, na Secretaria de Política Econômica do Ministério da Agricultura (Mapa), foi visto o retorno de uma das propostas encaminhadas à União na terça-feira, na ocasião da instalação da Câmara Setorial do Arroz.

Conforme o presidente da Federarroz, Valter Pötter, os contratos de opção privado e do governo deverão sair, respectivamente, para 2003/2004 e a atual safra. Para o vigor do privado, que é mecanismo novo, ‘o setor precisará discutir com a indústria medidas como volume e valores’. A decisão será repassada na próxima reunião da câmara, em Brasília, em novembro, para, então, ser encaminhada ao Ministério da Fazenda.

O presidente do Irga, Pery Coelho, reforçou a importância da medida que enxugará a produção dessa safra e já assegurará a próxima. A rodada de negociações incluiu ainda os Ministérios das Relações Exteriores e da Indústria e Comércio.

Segundo o dirigente do Irga – quanto ao impacto dos acordos atuais do Mercosul -, o embaixador do bloco, Luiz Felipe Soares, observou que analisará internamente os pedidos, mas pede que a cadeia produtiva encaminhe detalhes técnicos das justificativas apresentadas na reunião de novembro. A reunião no Ministério de Indústria e Comércio tratou do retorno do arroz na lista de exceção (TEC). O presidente da Camex, Mario Muganini, salientou que o pleito poderá ser atendido se houver a concordância do Mercosul e do Ministério da Agricultura.

Além disso, o presidente da Camex informou que sua pasta manterá contatos com países da América do Sul e da América Central para identificar demandas e inclusão de acordos, objetivando incentivar a exportação de arroz gaúcho.

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