Arrozeiros paraguaios denunciam ataques grevistas a caminhões com arroz ao Brasil

 Arrozeiros paraguaios denunciam ataques grevistas a caminhões com arroz ao Brasil

Heisecke: “Estão nos matando”. Foto: Arquivo Planeta Arroz

(Por Planeta Arroz) Do setor arrozeiro, denunciaram nesta sexta-feira que os caminhoneiros que atendem às indústrias estão sendo atacados diretamente pelos grevistas manifestantes que adotaram a medida de força e o fechamento de vias para pressionar o governo e o Congresso Nacional a estabelecer via lei um custo referencial do frete. Os caminhoneiros grevistas impedem a passagem dos motoristas de empresas e contratados pelo segmento orizícola e estão afetando as entregas ao Brasil, principal cliente do arroz paraguaio.

A situação só agrava o cenário da orizicultura do país guarani, depois que uma seca de proporções colossais afetou o progresso em marcha de produção e área arrozeira no Paraguai.

A diretora da Câmara Paraguaia da Indústria do Arroz (Caparroz), Liliana Giles, denunciou que com os ataques dos caminhoneiros os motoristas do setor não estão conseguindo retirar os insumos para iniciar o plantio do arroz.

“Precisamos trabalhar, temos exportações para cumprir, tempos, prazos. Há mais de oito dias não recebíamos ofertas de nossos clientes”, lamentou a empresária em entrevista à rádio 1000 AM. Giles disse que esses bloqueios estão afetando direta e indiretamente cerca de 437 produtores, especificamente no distrito de Coronel Bogado, departamento de Itapúa.

Por sua vez, o vice-presidente de Caparroz, Ignacio Heisecke, também denunciou os danos sofridos, responsabilizando diretamente os caminhoneiros. Da mesma forma, ele acusou os piquetes de derramar uma carga de arroz.

“Eles estão nos matando, essa é a realidade. Nossos caminhoneiros queriam evitar os piquetes e foram literalmente apedrejados. Em Ciudad del Este os piquetes abriram um carregamento de arroz que ia pro Brasil e derramaram tudo, jogaram na estrada. Acredito que estamos no limiar de uma guerra civil ”, disse o empresário à rádio AM 800.

Diante dessa situação, Heisecke disse que as indústrias estão mandando seus motoristas contratados para casa, não podendo trabalhar com tranquilidade, culpando os caminhoneiros em plena mobilização. “Não podemos ser tão frios e ficar parados. O pior é que estamos mandando nossos terceirizados para suas casas, porque nossa indústria está parada, porque a situação é insustentável”, comentou. (Com informações de La Nación, Paraguai)

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