Arrozeiros pedem recursos para comercialização da safra
O setor defende que o governo compre 350 mil toneladas do grão por meio de AGF Aquisições do Governo Federal – e que garanta a negociação de mais 300 mil toneladas por meio dos leilões de contratos de opção público.
Com o objetivo de dar aos agricultores o respaldo necessário para a comercialização da safra de arroz 2007, o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS) e o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Valter José Pötter, entregaram ao Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Edison Guimarães, um pedido de liberação de recursos para os tradicionais mecanismos de apoio a comercialização do cereal.
O setor defende que o governo compre 350 mil toneladas do grão por meio de AGF Aquisições do Governo Federal – e que garanta a negociação de mais 300 mil toneladas por meio dos leilões de contratos de opção público.
– A compra balizara o preço dos pregões – estima Heinze.
O parlamentar e o dirigente classista também estiveram no Banco do Brasil. Lá, o encontro foi com o diretor de agronegócios da instituição, Derci Alcântara. O pedido foi para que sejam garantidas verbas suficientes para contratar 1,3 milhão de toneladas de arroz pelo mecanismo de EGF Empréstimo do Governo Federal.
Se atendida a reivindicação dos orizicultores, será possível retirar do mercado 1,95 milhão de toneladas, cerca de um terço da safra gaúcha. O parlamentar espera que as medidas sejam anunciadas antes da abertura oficial da colheita do arroz que ocorre em São Gabriel de 2 a 4 de março. A sinalização foi positiva. Continuaremos cobrando para que tão logo comecem a colher, os produtores possam ter acesso a esses recursos.
Heinze e o presidente da Federarroz também participaram de audiência com o ministro do Supremo Tribunal Federal STF -, Sepúlveda Pertence, para apresentar defesa à Ação Direta de Inconstitucionalidade ADIN 3813 – que trata da lei estadual 12.427, de autoria do deputado Jerônimo Gorgen (PP).
Em vigor desde março, a lei barra a entrada, trânsito, estocagem e comercialização, no Rio Grande do Sul, de arroz, trigo, cevada, feijão, aveia e cebola produzidos no Uruguai, na Argentina e Paraguai sem que seja realizada a análise fitossanitária e de microtoxinas.