Audiência pública discutirá os desafios do IRGA
(Por Planeta Arroz) Por solicitação do deputado Zé Nunes (PT), a Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia, realiza audiência pública para tratar dos desafios e perspectivas em relação ao Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA). O debate será na quinta-feira (27), às 10h, no Espaço de Convergência, térreo da Assembleia.
“Ao longo de sua história, o IRGA foi o grande responsável por promover o desenvolvimento tecnológico da orizicultura gaúcha, o que garantiu a autossuficiência do Brasil em arroz, principal alimento dos brasileiros. O Irga foi e sempre será importante, estratégico e fundamental para a economia de nosso Estado, e somente o continuará sendo, se tiver garantido um quadro de funcionários qualificados, valorizados e estimulados para desempenharem suas funções. Caso contrário, será o fim do instituto, e um crime contra o RS”, avalia o parlamentar.
O presidente do Sindicato dos Servidores do Irga (SindsIrga), Michel Kelbert, considera a audiência uma oportunidade de expor aos deputados e à comunidade gaúcha as dificuldades do quadro de servidores que está há quase 10 anos sem reajustes, teve os avanços e promoções previstos no plano de carreira interrompidos e sofre com a perda de profissionais e esvaziamento das áreas de pesquisa e extensão em razão da perda de poder aquisitivo. O Irga está, atualmente, entre os quadros que têm a pior remuneração dentro do Estado.
Além de realinhamento salarial, a entidade de classe solicita a publicação e realização das promoções na autarquia; a realização de concurso público para suprir as vagas existentes e com os novos salários definidos no realinhamento; e a inclusão do Sindsirga nos debates das medidas que são reivindicadas.
Kelbert lembrou que o atual governador, Eduardo Leite, vem prometendo resolver a situação há mais de quatro anos e que sempre apresenta uma desculpa. “O Irga está sendo inviabilizado pela velha estratégia política do abandono. Não atualiza salários, não realiza concursos e vai forçando os servidores a se aposentarem ou deixarem a instituição. Temos políticos sem a qualificação necessária sendo nomeados para assessores, gente que deveria estar trabalhando na sede em desvio para o interior e um completo abandono, por parte deste governador, às demandas. Um grupo de trabalho foi criado por ele, e nenhum retorno foi dado para os funcionários”, resumiu o presidente do sindicato. Ele acredita que a cadeia produtiva do arroz, que é credora de mais de R$ 300 milhões aos cofres do Estado, deveria ajudar a pressionar o Governo do Estado pela recuperação do instituto.