Avaliação do desempenho no controle invasoras em lavoura de arroz irrigado na Fronteira Oeste/RS
*Por Edison Jacociunas, engenheiro agrônomo – Ciagro Agropecuária
Defensivos químicos representam entre 8%$ e 10% do custo de produção na lavoura de arroz irrigado, e a importância do manejo em herbicidas pré e pós emergentes pode definir a rentabilidade diretamente, uma vez que uma eficiente aplicação garante o melhor desenvolvimento e produtividade da lavoura.
A eficiência do manejo se completa com práticas que iniciam até mesmo antes do preparo da lavoura. O uso de glifosato associado a moléculas que auxiliam no controle de gramíneas e folhas largas contribuindo para uma entrega de população de invasoras uniforme em desenvolvimento e sem a presença de invasoras de difícil controle.
A eficiência do manejo está mais relacionada ao momento correto de aplicação do que a dosagens.
Lembramos que nas aplicações as condições de drenagem e/ou estresses por falta de água também definem uma melhor performance dos produtos, neste caso o pré emergente Clomasone é altamente dependente de umidade para garantir o máximo controle, da mesma forma que em locais com drenagem deficiente poderá retardar o bom estabelecimento da lavoura
Os herbicidas pós emergentes, dependem de irrigação rápida e eficiente afim de garantir o controle das invasoras por lâmina de água, bem como promover o desenvolvimento da lavoura de arroz que, por sua vez, após fechar as entrelinhas dificulta os novos fluxos de invasoras.
O técnico responsável pelo manejo, além de dominar todas as situações estabelecidas para um bom controle, deve também identificar se o que sobrou de invasoras (escape) após a aplicação irá ou não influenciar na produtividade final da lavoura.
No sistema que alterna soja/pecuária/arroz em áreas cultivadas por anos consecutivos, observamos a manifestação de arroz vermelho em função de banco de sementes no solo.
Nesta safra nosso manejo de herbicidas teve início logo após a colheita da soja, antes da execução de taipas, com uso de 2-4D singular, objetivo de eliminar folhas larga e soja espontânea, após usamos Glifosato + Cletodin com foco em gramíneas de difícil controle.
No mês de agosto em pré semeadura usamos Glifosato e pós semeadura Glifosato + Clomasone. No momento de pré irrigação usamos Imazetapir + Imazapic + Bentazona.
Logo após aplicação do pós emergente, manejo de cobertura de N e irrigação, promovendo o desenvolvimento da lavoura e complementando a ação do herbicida através do estabelecimento de lamina da água.
Resumindo, o importante é posicionar o momento certo da aplicação e dos demais manejos, como ureia e irrigação. Existem invasoras de difícil controle, mas também há o momento correto para cada ação de controle.
Por exemplo: as ciperáceas estão dando o que fazer nesta safra, e além do uso de pré emergente, como ação ao controle destas invasoras, precisamos posicionar o pós emergente de forma precoce em busca de melhores resultados e maior eficiência.