Baixo volume de negócios mantém o mercado de arroz estável no RS

As indústrias, que entraram com força no mercado nos meses de abril e maio, estão, aparentemente, abastecidas.

O preço do arroz teve mais uma semana de estabilidade no Rio Grande do Sul e poucos negócios foram concretizados. As indústrias, que entraram com força no mercado nos meses de abril e maio, estão, aparentemente, abastecidas. Pelo outro lado, os produtores vendem apenas o necessário para o pagamento de parcelas do custeio agrícola.

Segundo o indicador Cepea/Esalq e BM&F, a cotação do arroz fechou a quinta-feira em R$ 33,24, o mesmo valor da última semana.

O diretor comercial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Rubens Silveira, explica que aproximadamente 55% da safra gaúcha foi comercializada até o momento. O valor é considerado normal para o período. Segundo Silveira a tendência é a manutenção da estabilidade pelo menos até setembro.

– As indústrias deverão voltar ao mercado com força apenas nos próximos meses, quando termina o efeito das férias escolares e a procura pelo produto é maior nos supermercados – diz.

De acordo com Giuliano Ferronato, corretor da Corretora Mercado, a calmaria no mercado gaúcho reflete a crise do comércio internacional.

– Os supermercados estocaram muito arroz devido ao aumento dos preços e da procura em cima de um risco irreal de desabastecimento – afirma.

No transcorrer das semanas, se percebeu que não haveria falta do cereal, mas o varejo já estava estocado. O corretor acredita que a partir do final do mês os negócios começarão a fluir. Algumas regiões, inclusive, mostraram uma reação no decorrer da semana.

Para Waldomir Coradini, proprietário do Engenho Coradini de Dom Pedrito, o varejo está retraído, devido ao bom abastecimento. Ele ratifica que no período em que o arroz subiu, os supermercados compraram acima de sua necessidade. Coradini estima que esteja operando com 60% da capacidade da indústria, também devido às férias escolares. Em contrapartida, nos meses de abril e maio, operava com 100%.

– Julho é um mês de transição do primeiro para o segundo semestre e os negócios tendem a ser mais calmos – alega o diretor-executivo do Sindarroz, César Gazzaneo.

Ele acredita que o mercado se adequou a um novo patamar de preços e a expectativa para os meses subseqüentes é manutenção da faixa atual. Sobre a entrada de arroz importado no segundo semestre, Gazzaneo não acredita que será suficiente para derrubar o mercado gaúcho.

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