Boas notícias vindas do México

Representante do Governo gaúcho acompanha empresários e presidente da Federarroz em tratativas no país norte-americano.

O diretor comercial do Irga, Tiago Barata, está no México desde a última segunda-feira, tratando da formalização da abertura de mercado daquele país para o arroz gaúcho. Segundo ele, os primeiros resultados das reuniões, apesar de ainda não serem definitivos, demonstram grande interesse do país pelo cereal brasileiro. “Vemos que há interesse dos mexicanos pelo nosso produto. O México se comprometeu a dar uma posição ainda nas próximas semanas. O que é fato e já existe é a liberação para o arroz em casca e nós estamos trabalhando na definição de alguns detalhes nesse sentido e também na liberação do arroz beneficiado”, informou o diretor.

As indústrias mexicanas sinalizaram interesse pelo arroz beneficiado. Estão sendo abordados aspectos e aguardam-se análises para o risco de pragas. “Nossa vinda está sendo muito importante para estreitarmos as relações entre os dois países. Fomos muito bem recebidos pelos mexicanos e estamos tendo um apoio formidável por parte da embaixada brasileira. Estamos ansiosos e esperançosos”, conclui Barata em entrevista realizada por telefone.

A informação de que Brasil estaria habilitado para exportar arroz em casca ao México veio da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no dia 22 de março em Brasília. O diretor do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio do Mapa, Eduardo Sampaio, e o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (Abpa), Francisco Turra, também estão acompanhando a comitiva no México.

A primeira reunião da semana aconteceu na Secretaria de Economia, órgão que trata das questões relacionadas às cotas. Outra reunião importante que abordou aspectos sanitários do produto foi realizada na Secretaria da Agricultura. “A Federarroz e a diretoria do Irga estão alinhados na busca de novos mercados e os resultados já começam a aparecer”, declarou o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles.

Durante a quarta-feira (5) foi realizada uma reunião com potenciais compradores, demanda que partiu dos mexicanos. O interesse pelo arroz brasileiro se deve à qualidade do cereal. Considerado um país importador, o México é atualmente a 13ª maior economia do mundo. Cerca de 75% da demanda interna de arroz, que beira as 900 mil toneladas, são supridos por outros países.

Uma nova reunião acontece durante esta quinta-feira. “A abertura do mercado está feita, a concretização de negócios ainda precisa ser confirmada”, declarou Barata. O país visitado é o segundo maior comprador de arroz no continente americano, importando aproximadamente 700 mil toneladas do produto por ano.

De acordo com a Federarroz, o Brasil tem potencial de venda para o país mexicano de 150 mil a 200 mil toneladas do cereal por ano. "Somos os maiores produtores do cereal no Brasil, é importante que isso seja reconhecido dentro e fora do nosso país, pois nosso produto tem qualidade, precisamos de mais competitividade”, enfatizou o secretário da Agricultura gaúcho, Ernani Polo.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, comentou sobre a viagem da comitiva durante a 33ª Reunião Ordinária do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), em Buenos Aires, na Argentina. 

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