Briga comercial de arrozeiros na fronteira entre Brasil e Argentina

Fronteira entre Brasil e Argentina vira palco de briga comercial de arrozeiros .

Após 77 dias de barreira no porto de Itaqui (RS) para impedir a entrada de arroz vindo da Argentina – e que foi desmontada na noite de quarta-feira atendendo a uma ordem judicial – arrozeiros do Rio Grande do Sul decidiram fechar outras fronteiras secas utilizadas para a entrada de cereal do Mercosul. Do lado argentino, produtores fecharam quinta-feira (dia 14) a entrada do Complexo Terminal de Cargas, em Paso de Los Libres, para impedir a entrada de qualquer produto brasileiro e querem fazer acordo para retomar a circulação de produtos entre os dois países.

Pedro Alcântara Monteiro Neto, presidente do Sindicato Rural de Itaqui (RS), disse que os produtores vão continuar a vigília em Itaqui e pretendem armar novas barreiras nas estradas que fazem fronteira com a Argentina, a começar pela rodovia que liga Uruguaiana (RS) a Paso de Los Libres. Segundo fontes da Receita Federal, o bloqueio dos arrozeiros continua em Itaqui nas ruas próximas ao porto.

Conforme Monteiro Neto, desde 28 de abril, produtores se revezam na fronteira para impedir a entrada de arroz pelo porto, que recebe por mês entre 300 e 400 caminhões com cereal vindos da Argentina. O setor reclama da queda nos preços internos por conta da entrada de arroz importado e falta de apoio do governo, que negou os pedidos de medida antidumping ou salvaguarda feitos ao Departamento de Defesa Comercial do Ministério do Desenvolvimento.

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