Chuva beneficia lavoura de arroz; recuperação dos preços continua
Chuvas dos últimos dias estão recuperando parcialmente os mananciais nas regiões de maior déficit hídrico no RS.
As chuvas que caíram na terça-feira melhoraram as condições de barragens, açudes e rios nas regiões produtoras de arroz. Em Uruguaiana, choveu 45 milímetros e, segundo o agrônomo do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Gustavo Hernandes, a água começa a acumular nos mananciais, o que pode garantir condições favoráveis para o plantio que já iniciou. Na região da Campanha, o Núcleo de Assistência Técnica do Instituto informou que a precipitação variou de 15 a 95 milímetros em Dom Pedrito.
Um dos motivos apontados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a redução da área no Estado entre 2 e 5% é justamente a disponibilidade de água. As regiões mais afetadas com esse problema são a Fronteira Oeste e a Campanha. Paralelo ao bom indício climático para a cultura, os preços interromperam a lentidão dos dois últimos meses.
De acordo com o boletim Cepea-Esalq/BM&F, o mercado de arroz em casca no Rio Grande do Sul esteve mais movimentado na primeira semana de outubro, elevando as cotações em praticamente todas as regiões.
As indústrias demonstraram interesse em adquirir volumes maiores.O Indicador do arroz em casca Cepea- Esalq/BM&F (média ponderada RS) fechou a R$ 22,25 a saca de 50kg, com 58% grãos inteiros, nessa terça-feira, dia 10, alta de 7,08% no mês.
Pela primeira vez no ano a cotação ultrapassou o Preço Mínimo (R$ 22) que deveria ser garantido pelo governo federal. O preço praticado na terça é o maior registrado desde a criação do índice Cepea-Esalq/BM&F, em setembro de 2005.