Chuva não reduz preocupação na Fronteira-Oeste

O nível das barragens e mananciais da Fronteira-Oeste se mantém muito baixo e preocupa para a próxima safra. Sem saber a disponibilidade de água para irrigação, os produtores e técnicos têm dificuldades para dimensionar a área da lavoura que será plantada na safra 2004/2005.

As chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul neste sábado não foram suficientes para fazer frente à grave situação das barragens e mananciais hídricos da Fronteira-Oeste do estado, a principal produtora de arroz irrigado. A 90 dias do início do plantio da safra 2004/2005, os reservatórios de água para irrigação, rios e arroios da região apresentam-se com um nível de 25% de sua capacidade, muito abaixo do ocorrido no mesmo período do ano passado.

Neste sábado, as pancadas de chuva ocorridas na Fronteira-Oeste variaram de 6 milímetros até 20 milímetros em algumas localidades isoladas, não proporcionando qualquer expectativa de recomposição da capacidade dos mananciais.

As previsões para as próximas duas semanas, pelo menos, não são das melhores. Dados da empresa Somar Meteorologia indicam uma previsão inicial de chuvas isoladas e precipitações que totalizariam pouco mais de 20 milímetros na região. Os municípios de Uruguaiana, São Borja e Alegrete estão entre os que a situação é mais preocupante, pois são grandes produtores.

O presidente do Irga, Pery Sperotto Coelho, reconhece esta preocupação. “Estive há alguns dias na Fronteira-Oeste e realmente o nível das barragens está muito baixo, gerando uma grande preocupação para os produtores e toda a cadeia produtiva da região”, enfatizou.

Sperotto Coelho, no entanto, acha cedo demais para prever qualquer expectativa de redução de área no Rio Grande do Sul por ocorrência desta falta de água. “O clima pode mudar e favorecer a recuperação dos mananciais em mais algumas semanas”, explica. Mesmo assim, considera que esta situação prejudica o planejamento da lavoura por parte dos produtores e técnicos. “Sem saber qual a disponibilidade de água, fica mais difícil dimensionar a lavoura que será plantada”, lembra.

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