Clima acelera a colheita de arroz

Processo já atinge mais da metade da área plantada no Rio Grande do Sul. Produtividade chegou a 6,8 kg/ha
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Após a ocorrência de intensas chuvas no Estado durante três semanas seguidas, responsáveis por perdas em 7 mil hectares nas lavouras de arroz em diversas regiões, o clima voltou a colaborar com o orizicultor. Nos últimos sete dias, a colheita avançou de 41% para 53% da área plantada, segundo levantamento semanal da Emater. O Instituto Riograndense do Arroz (Irga) também confirma a evolução, mas afirma que a retirada dos grãos do solo chegou a 68% dos 929 mil hectares plantados. ‘Se o clima se mantiver estável, deveremos alcançar a estimativa inicial para a safra, entre 5,8 milhões e 6 milhões de toneladas’, projeta o presidente do Irga, Maurício Fischer. A instituição ainda aponta que a produtividade nos últimos dias foi de 6,8 quilos por hectare. No entanto, a previsão do início da colheita, 6,5 mil quilos por hectare, deve se confirmar.

A expectativa do setor é que, a partir de agora, o processo seja naturalmente acelerado, principalmente devido à parceria entre os orizicultores. ‘Muitos dos produtores emprestam ou arrendam suas máquinas para outros, o que acaba acelerando o processo’, justifica Fischer. A região da Fronteira-Oeste é a mais adiantada do Estado, com 77% da área colhida. Na Campanha, a colheita chega a 75%, com o município de Dom Pedrito concluindo o trabalho nos próximos dias. A Planície Costeira Externa, que abrange o Litoral Norte, já colheu 69% e a Depressão Central, 60%. Na Zona Sul do Estado, o processo foi retardado por causa das chuvas. A área está 57% colhida.

Segundo projeções da Emater, a expectativa é que a produção total de arroz do Rio Grande do Sul nesta safra fique em 5.713.558 toneladas, com uma produção média de 6.152 quilos/hectare. Na última semana, o preço médio da saca de 50 quilos do grão obteve ligeira alta, passando de R$ 20,61 para R$ 20,68. Cerca de 8% das plantações encontram-se em enchimento de grão.