Clima faz preço do arroz ficar firme em plena safra

O clima está afetando positivamente o preço do arroz em dois dos principais estados produtores do grão, apesar da colheita. Em Mato Grosso, uma estiagem provocou a alta, enquanto no Rio Grande do Sul, as chuvas é que influenciaram.

O clima está afetando positivamente o preço do arroz em dois dos principais estados produtores do grão, apesar da colheita. Em Mato Grosso, uma estiagem provocou a alta, enquanto no Rio Grande do Sul, as chuvas é que influenciaram.

Aliado a isso, acredita-se que a intervenção governamental – com contratos de opção e outros instrumentos, também está ajudando a manter as cotações em patamares elevados nas últimas duas semanas.

No início de março, o grão era comercializado a R$ 23 a saca (60 quilos), em Cuiabá (MT), e hoje está em R$ 24,75 a saca – variação de 7,6%. Em Pelotas (RS), a cotação era de R$ 19,50 a saca (50 quilos) e agora está em R$ 21,25 – alta de 8,9% – segundo levantamento da Safras & Mercado.

Segundo o analista Tiago Barata, da Safras & Mercado, um veranico de cerca de 20 dias reduziu a qualidade do grão em Mato Grosso. Aliado a isso, segundo ele, os bons preços da soja e do milho estão permitindo que o produtor segure o arroz para vender em melhor hora.

No Rio Grande do Sul foi o excesso de chuva que provocou a reação. Parte dos municípios do Litoral Norte – região que responde por pouca quantidade, mas é referência para a qualidade – foram considerados em situação de emergência por causa dos temporais. Estimativas do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) mostram que, nesta região, houve a perda total de 42% da área de 6,06 mil hectares e 58% das lavouras foram destruídas parcialmente.

A expectativa inicial de colheita, que era de 883,4 mil sacas, caiu para 343,6 mil sacas. Em Capivari, por exemplo, município mais próximo da região atingida, o grão está cotado a R$ 24 a saca – quando o preço mínimo no estado é de R$ 22 a saca.

– Mas os mecanismos do governo também estão trazendo impacto na recuperação – acrescenta.

Os produtores do Litoral Norte reivindicam a prorrogação de dívidas junto a bancos e cooperativas de crédito, seguro e auxílios emergenciais para lavouras com ou sem financiamento.

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