Colheita do arroz está perto de acabar no Sul
Na região – onde são cultivados 70 mil hectares do cereal – faltam ser colhidos 20% da área.
A colheita de arroz em todo o Estado está praticamente encerrada, com exceção do Extremo Sul, onde o excesso de chuvas prejudicou o andamento do trabalho. Na região – onde são cultivados 70 mil hectares do cereal – faltam ser colhidos 20% da área.
Mesmo com o excesso de água, a produção deve atingir a produtividade de 145 sacas de 50 quilos cada por hectare. Porém, Jacinto Machado, Praia Grande e São João do Sul, municípios mais afetados com as enxurradas do último mês, tiveram 80% da área de arroz atingida. A previsão é de uma perda de cerca de 50% das 90 mil toneladas que seriam produzidas nos três municípios.
A expectativa do engenheiro agrônomo da Epagri de Araranguá, Rene Kleveston, é que até o final deste mês a colheita seja concluída na região Sul. Segundo ele, 95% do arroz plantado já está maduro, pronto para ser colhido. No entanto os rizicultores estão com problema na demanda de maquinários para finalizar a safra.
– Esse atraso pode comprometer a qualidade do produto. O arroz está sendo colhido com uma percentagem de umidade entre 15 e 17, sendo que o normal para a colheita é entre 19 e 21. Isso pode ocasionar a quebra dos grãos durante a secagem, principalmente do arroz branco, aquele que tem maior valor no mercado – afirma.
Ritmo veloz para evitar prejuízos
As máquinas colheitadeiras trabalham em ritmo veloz nas duas lavouras – uma na comunidade de Barranca, a outra na Sanga do Marco, em Araranguá – do rizicultor Rogério Pessi, 38 anos. O motivo de tanta pressa é a tentativa de evitar prejuízos. Até agora ele colheu 70% dos 90 hectares que cultiva.
– Alguns grãos já serão perdidos por conta do excesso de chuva, eles irão trincar. Vou aproveitar os dias de sol desta semana para colher o restante e garantir a qualidade – diz.
O motivo do atraso da colheita não se deu apenas pela chuva. Pessi teve que retardar o plantio pela falta de água para a irrigação no mês de outubro.
Mesmo depois que estiver com todo o arroz no silo, Pessi pretende fazer a comercialização somente depois que a saca do grão atingir o valor de R$ 25. Hoje, na região está sendo pago R$ 22 pela saca de 50 quilos, valor insatisfatório na visão dos produtores.
– Esse preço nem dá para cobrir os custos de produção. Vou vender uma pequena quantia agora no início para pagar despesas com insumos e mão-de-obra. O restante quero segurar até o segundo semestre – diz Pessi.
O gerente da Cooperativa Regional Agropecuária Sul Catarinense (Coopersulca) de Araranguá, Euzébio Buzzanello, acredita que até junho a saca de arroz deva chegar na casa dos R$ 25. Segundo ele, o preço está avaliado hoje em R$ 22 por conta da grande oferta do produto na pós-colheita.
– Como nas safras anteriores, a partir de junho é que o grão deve começar a ter sinais significativos de acréscimo.
Novo Arroz Nona Bella chea ao mercado
Beneficiado na região Carbonífera, o Arroz Nona Bella acaba de chegar ao mercado e já se expande para o Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. O produto chega à mídia ainda esta semana. A estratégia de comunicação foi planejada pela Criativacom. A campanha que inicia com VT será ampliada com outras ferramentas de comunicação para consolidar a marca.
– O VT representa o que é o produto, um arroz de qualidade, fácil de preparar, com mais vitaminas. O vídeo repassa a importância desse produto que faz parte do dia-a-dia das pessoas e nos momentos mais especiais – diz Amarildo Passos, diretor da Criativacom.