Com 14% da lavoura colhida, RS tem lavouras com perdas de até 18%

 Com 14% da lavoura colhida, RS tem lavouras com perdas de até 18%

Colheita avança, mas indústria está buscando arroz da safra 2020/21. (Foto: Robispierre Giuliani)

(Por Emater/RS) A ocorrência de chuvas, até em volumes elevados, nas regiões de maior produção do cereal, irá contribuir para melhorar a disponibilidade de água, para lavouras que demandam maior volume de irrigação, entre as fases de desenvolvimento vegetativo a enchimento de grãos, que representam 44% do total.

Complementarmente, com 41% das lavouras em fase de maturação, produtores remanejaram os recursos hídricos para talhões mais atrasados. A colheita alcançou 14% e a produtividade é variável, com lavouras dentro da expectativa e outras com perdas de até 18%.

Na regional da Emater RS/Ascar de Bagé, a colheita avançou rapidamente na região Fronteira Oeste. Os municípios com maior proporção de lavouras colhidas são Uruguaiana, com 20%; Barra do Quaraí, com 25%; Itaqui, cerca de 30% e São Borja, com 37%. As temperaturas elevadas repetiram-se, com recorde histórico de 42,9°C em Uruguaiana, que devem refletir em esterilidade de espiguetas, em lavouras em fase de floração e em prejuízo na qualidade de grãos nas fases de enchimento dos grãos e maturação.

Na Campanha, lavouras implantadas no início do período recomendado estão em fase de maturação. As estimativas indicam boa produtividade, considerando que as temperaturas extremas em janeiro e fevereiro não ocorreram durante os períodos críticos de sensibilidade da cultura.

Na de Pelotas, o clima na semana foi benéfico, com os dias ensolarados e as temperaturas em elevação durante o dia. As noites com predomínio de temperaturas acima de 18°C, também favoreceram o desenvolvimento do arroz. Colheita em início, alcançando apenas 1% da área cultivada.

Na de Porto Alegre, o tempo seco do início do período permitiu a avanço da colheita, que atinge 7% das lavouras. Os estádios reprodutivos são predominantes, com 60% dos cultivos nessas fases, com boa expectativa de produção. Em parte da região, segue o racionamento da irrigação.

Na de Santa Maria, no momento 47% das lavouras estão em fase de enchimento de grãos, 21% em maturação e 5% colhidas. A perda de produtividade é superior a 18%.

Na regional de Santa Rosa, as chuvas ocorridas não possibilitaram a recuperação dos mananciais utilizados para a irrigação. Rizicultores fazem uso racionado de água para estender até a fase final de enchimento de grãos.

Na de Soledade, o aspecto geral das lavouras de arroz é bom, com igual sanidade.

Alguns casos de incidência de percevejos que estão sendo monitorados e controlados. Os cursos d’agua utilizados na cultura, aumentaram o fluxo com as chuvas ocorridas nas regiões mais altas, próximo as nascentes. Contudo, pela demanda, a vazão cai rapidamente, diminuindo a disponibilidade de irrigação, em fases de alta demanda.

Comercialização

Conforme o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Rio Grande do Sul, o preço da saca de arroz de 50 quilos reajustou +4,57% em relação ao da semana anterior, passando de R$ 70,05 para R$ 73,25.

2 Comentários

  • Não resta dúvida q as perdas no geral ultrapassem os 30%, e pq será q indústrias procuram arroz de 2020/21, muito simples pq arroz colhido agora serve mais pra canjicao , pq ruim de grão inteiro com muitos quebrados por amadurecerem com calor excessivo e muitos a força sem água no talhão.

  • Sr. Ederson Dil, sou da indústria, e esse seu comentário é uma coisa óbvia, qualquer retardado sabe, só Jesus na causa com um comentário desses.

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