Com bom desenvolvimento, produtores racionalizam água nas lavouras de arroz

 Com bom desenvolvimento, produtores racionalizam água nas lavouras de arroz

Primeiras lavouras começam a se aproximar do ponto de colheita

Chuvas de 20mm a 35mm esta semana ajudaram a repor umidade ao solo, mas mananciais seguem baixos na maioria das regiões. Na Zona Sul chegou a chover mais de 100mm.

A predominância de tempo firme, com elevadas temperaturas e dias ensolarados, e a disponibilidade de água via irrigação contribuem para o desenvolvimento do arroz. No entanto, a ocorrência de chuvas esparsas e de baixo volume no Estado tem acarretado menor capacidade de recarga dos níveis de água dos mananciais.

Na região da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, as lavouras se encontram nas fases de desenvolvimento vegetativo e floração. As práticas culturais realizadas são a adubação em cobertura e o controle de pragas e doenças, além da irrigação. O desenvolvimento da cultura é muito bom; produtores racionalizam o uso da água por meio dos chamados banhos na lavoura, de modo a dispor desse insumo na fase mais crítica da cultura, a partir da floração.

Na de Soledade, as condições do tempo, com temperatura e radiação solar intensas, associadas à disponibilidade adequada de água para irrigação por inundação, proporcionam ótimas condições de crescimento e desenvolvimento da cultura. Em geral, as lavouras seguem apresentando coloração verde característica e ótimo potencial de produção. A falta de chuva preocupa alguns agricultores com menor disponibilidade nos cursos de água e açudes; nesse regime de chuvas escassas, poderá faltar água no final do ciclo da cultura, com impactos na produtividade e qualidade do grão. Em áreas com plantios mais tardios – no período final do zoneamento agrícola, os orizicultores continuam realizando o controle de plantas invasoras em pós- emergência e a adubação nitrogenada em cobertura.

Na de Bagé, as lavouras se encontram predominantemente na fase de desenvolvimento vegetativo, na Campanha. As estabelecidas em outubro já passaram da fase de diferenciação das panículas para o emborrachamento. Produtores relatam aumento de consumo de água para manutenção da irrigação, devido às temperaturas elevadas, aos ventos constantes e à alta radiação solar, condições que, aliadas ao bom desenvolvimento das plantas, resultam em maior evapotranspiração.

Na Fronteira Oeste, as primeiras áreas cultivadas estão passando do estádio vegetativo para o início de floração. Rizicultores que dependem de barragens foram favorecidos pelas precipitações, que apesar de esparsas e com volumes variados, auxiliaram na reposição dos volumes de água. Contudo, devido ao nível incompleto, à evapotranspiração e à infiltração altas, esses reservatórios não estão sendo suficientes para todo o manejo das lavouras. Em Uruguaiana, onde são cultivados em torno de 70 mil hectares, estima-se que 40% dos produtores precisam interromper o fluxo de água a cada 10 ou 15 dias, visando dispor de reservas até o final do ciclo da cultura. Esta situação tem contribuído para reinfestações de inços, demandando novos controles e afetando a produtividade. As lavouras localizadas à margem dos rios encontram-se em ótimas condições de desenvolvimento. Em geral, em termos fitossanitários, as áreas continuam com excelente sanidade foliar devido à baixa umidade do ar.

O uso de cultivares com maior resistência à brusone também é apontado como uma ferramenta importante no manejo da principal doença fúngica do arroz. Não foram relatados problemas relacionados com insetos.

Na de Pelotas, 98% dos cultivos estão na fase de desenvolvimento vegetativo e em 2% inicia o florescimento. As plantas se encontram com bom desenvolvimento, adequado estande e condições fitossanitárias normais. Produtores seguem com os manejos culturais. As reservas de água têm se mantido em níveis suficientes para a irrigação das áreas plantadas.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, as chuvas ocorridas ainda não contribuíram de forma significativa para a normalização dos níveis de água dos açudes, barragens e cursos de água, chamando a atenção dos produtores quanto à capacidade de atender as necessidades. As lavouras iniciam o estádio reprodutivo.

Orizicultores realizam tratos culturais nas lavouras, principalmente a irrigação.

Na de Porto Alegre, as lavouras seguem com bom desenvolvimento vegetativo e muito bom estado fitossanitário. Produtores realizam os tratos culturais de adubação em cobertura e manejo da irrigação e também monitoram e controlam as invasoras. A restrita ocorrência de precipitações de baixos volumes preocupa produtores, diante das limitações dos arroios e reservatórios; já há lavouras com falta de água para irrigação.

Mercado (saca de 50 quilos)

O levantamento semanal da Emater/RS-Ascar no Rio Grande do Sul identificou que o preço médio do arroz teve redução de 2,65% em relação ao da semana passada, e chegou a R$ 92,83/sc. Na regional de Pelotas, os preços do arroz variam entre R$ 81,00 e R$ 98,00/sc.; na de Bagé, entre R$ 87,00 e R$ 100,00; em Soledade, está a R$ 89,00; em Santa Rosa, o preço chegou a R$ 90,00, e em Porto Alegre, a R$ 100,00. Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, o preço médio é de R$ 88,20/sc.

1 Comentário

  • Só por curiosidade, pergunto: quanto se planta de has de arroz em Soledade e em Santa Rosa. Seguidamente mencionam a situação dessas localidades, e eu na minha ignorância nem sabia que plantavam arroz por lá!

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