Comércio mundial tende a se recuperar
Em 2019, o comércio mundial diminuiu 9% para 44,1 Mt contra 48,5 Mt em 2018. Para 2020, as projeções indicam um aumento em 2,2% para 45,1 Mt. Porém, as interrupções nas cadeias de suprimentos, devido à pandemia de covid-19, poderiam reduzir as projeções. Em 2019, os principais importadores asiáticos, exceto Filipinas, reduziram demandas. Em contraste, as compras africanas subiram 3,6% para 17,4 Mt contra 16,7 Mt em 2018. A redução do comércio mundial afetou em especial a Tailândia, que vendeu 30% menos do que esperava.
No Mercosul, as exportações começaram devagar no primeiro trimestre, mas a partir de 15 de março foram reativadas com força. Os estoques mundiais de arroz no final de 2019 aumentaram 3,6% para 182,1 Mt contra 175,7 Mt em 2018, atingindo seu nível histórico mais alto. Essas reservas representam 36% das necessidades mundiais. Como base de comparação, deve-se lembrar que em 2008 os estoques chineses eram apenas 58,3 Mt contra 105,9 Mt no final de 2019, o que representa 60% dos estoques mundiais e 70% do consumo nacional, equivalente a seis meses de consumo contra uma média mundial de três meses.
EUA
Nos Estados Unidos, os preços de exportação aumentaram significativamente em março e abril pela menor disponibilidade e maior demanda em pleno pico de entressafra. As compras do México foram ativas, representando quase 30% das vendas externas. O preço do arroz Long Grain 2/4 aumentou de $ 570 em fevereiro para $ 625 em abril, o nível mais alto desde abril de 2013.
A quebra de 15% na safra 2019, depois de ter ocorrido uma de 20% em 2017, reduziram os estoques norte-americanos a ponto de suas ofertas ao mercado internacional terminarem em março, resumindo-se ao embarque dos volumes já contratados até agosto e pequenas vendas residuais. A queda no consumo de etanol de milho – que avançou no passado sobre áreas de arroz – e os bons preços internacionais devem determinar uma alta de 12% na área arrozeira semeada nos EUA.