Como é a proposta para injetar R$ 38 milhões em ações contra a crise do arroz no RS
 
                              Sinalização vinda da reunião com o governador foi considerada positiva. Di Fontoura / Divulgação
(Por Gisele Loeblein, GZH) Com a crise do arroz em “fogo alto”, há pressa em deixar no ponto certo para serem servidas as soluções propostas. Pelo menos uma porção poderá estar à mesa via governo do Estado: o aporte de R$ 38 milhões para fortalecer produtores e exportações. Isso sem mexer na cobrança taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura (CDO).
Essa foi a proposta alinhavada na reunião realizada com o governador Eduardo Leite, nesta quarta-feira (29). A ideia é construir um projeto de lei do Executivo para viabilizar o investimento a ser feito a partir do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
— Há algumas semanas, o governador pediu que fizéssemos estudos e avançássemos nessa questão — explica Eduardo Bonotto, presidente do Irga.
Dois dos eixos de atuação estão previstos dentro do programa em elaboração. Um de apoio, com investimento de R$ 20 milhões, destinado a uma espécie de bonificação para operações de venda externa do arroz (outros Estados e exportação). O outro, o aporte de R$ 18 milhões, para auxílio a produtores afetados pela catástrofe climática de 2024 — a estimativa é de que seriam em torno de 1,8 mil agricultores.
Bonotto explica que Leite pediu prioridade na finalização dos estudos que vêm sendo feitos sobre esse tema. Os recursos viriam do orçamento da autarquia, que provém da taxa CDO — e somam cerca de R$ 150 milhões por ano.
— Estamos estudando tetos, maneira de ressarcimento — explica o presidente do Irga, em relação ao apoio na comercialização.
Para haver tempo hábil de votação ainda em 2025, o projeto precisa chegar até 10 de novembro à Assembleia, com regime de urgência. A demanda relacionada à taxa CDO é uma das listadas após reunião da Frente Parlamentar do Arroz.
— Sabemos que não é a cura da doença, mas o remédio para a dor — compara o deputado Marcus Vinícius, presidente da frente.
Outro pedido feito pelo setor é para redução nas alíquotas de imposto, com equiparação ao Paraná.
 
                               
                                                   
 
                      
                      
                     
