Consolidando

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Brasil fechará o ano
exportando mais de
1,4 milhão de t de arroz.

O Brasil encerrará o ano comercial 2012/13, em 28 de fevereiro próximo, com exportação total de arroz superior a 1,4 milhão de toneladas. O volume é maior que as expectativas do governo federal e do próprio setor, que esperava algo entre um milhão e 1,2 milhão de toneladas de arroz, em base casca, embarcados nos portos brasileiros.

Em 11 meses do ano, até 31 de janeiro, o Brasil vendeu para o exterior 1.365.878 toneladas. No mês final, se a média do ano for mantida, os embarques podem superar 1,45 milhão de toneladas. Em janeiro foram 77,7 mil toneladas.

Este desempenho está garantindo ao Brasil um superávit importante na balança comercial do arroz. Até 31 de janeiro foram importadas 972,6 mil toneladas, para uma expectativa da Conab de 900 mil toneladas internalizadas no Brasil até 28 de fevereiro. Ainda assim, o superávit do setor é de 393,2 mil toneladas.

Para o presidente da Federarroz, Renato Rocha, o Brasil ainda precisa de suporte governamental com desburocratização e desoneração para as exportações como forma de permitir que o país seja competitivo no cenário internacional. “Exportar é preciso. Imagine se todo o arroz que foi exportado e mais as importações estivessem nesse momento pressionando o mercado brasileiro? Seriam mais de dois milhões de toneladas. Os preços seriam absurdos e a crise inimaginável”, revela.

Diante deste cenário, Renato Rocha insiste que o governo brasileiro precisa tomar medidas para dar ao arroz brasileiro as mesmas vantagens competitivas que tem o arroz do Mercosul que entra no Brasil. Para se ter ideia, uma tonelada de arroz importada da Argentina ou do Uruguai pode chegar a Recife até 100 dólares mais barata do que se fosse comprada no Rio Grande do Sul ou Santa Catarina. “Essas assimetrias precisam acabar para trazer tranquilidade ao setor e equilíbrio ao mercado”, explica.

O Brasil já é o sexto maior exportador de arroz do mundo. Fora da Ásia – onde predominam as exportações de Índia, Tailândia, Vietnã e Paquistão – e atrás dos Estados Unidos está produzindo 12,033 milhões de toneladas para um consumo projetado de 12,1 milhões de toneladas e ainda tem um estoque de 1,6 milhão. Ainda assim é um dos 10 maiores importadores mundiais. “Menos mal que com as exportações estamos conseguindo compensar o arroz que entra, principalmente do Mercosul, e ainda ter um superávit na balança comercial. Mas além de uma grande dependência do câmbio também enfrentamos muita burocracia, problemas de logística e o alto custo gerado pela tributação sobre as vendas externas, que impedem um avanço maior das exportações”, arremata Renato Rocha.

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