Consumir é preciso

O consumo pode começar com a cadeia produtiva
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Em um Congresso Brasileiro do Arroz, há alguns anos, centenas de produtores riram quando, num painel que enfocava o consumo, uma especialista do Ministério da Saúde falou que ali estavam arrozeiros que tinham nos armários de suas casas latas e latas de óleo de soja. Ainda hoje, a maior parte das cozinhas, de arrozeiros ou não, consome óleo de soja e inúmeros produtos à base desta oleaginosa, trigo, milho e até cereais incorporados às dietas da moda, mesmo que o arroz seja extremamente saudável.

São hábitos adquiridos ao longo dos últimos anos, seguindo um modelo norte-americano, justamente o que mais gera obesidade no mundo. Nesta edição, Planeta Arroz enfoca como matéria de capa as diversas faces do consumo de arroz e o que está sendo feito, mesmo que não organizado como uma ação conjunta, pelos elos diversos da cadeia produtiva. O Brasil, e especialmente o Rio Grande do Sul, precisam buscar consumidores para equilibrar o mercado, diante do avanço das tecnologias, da produtividade e da produção.

As exportações têm sido, literalmente, a saída para este mercado. Mas será que, internamente, o arroz não pode ter seu consumo ampliado? Pense nisso enquanto coloca biscoitos, farinha e óleo de arroz em sua próxima lista de supermercado. O maior consumo pode começar com quem forma esta cadeia produtiva.

Boa leitura!

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