Corrientes busca maior competitividade na produção de arroz

 Corrientes busca maior competitividade na produção de arroz

(Norte Corrientes, Argentina) A sede do INTI, na província de Corrientes, começará a quantificar o arsênio em grãos de arroz, utilizando os padrões de comercialização europeus e da Organização Mundial da Saúde (OMS), para obter maior competitividade no mercado externo.

Ressalte-se que as espécies inorgânicas de arsênio são mais tóxicas que as orgânicas e a província de Corrientes, como distrito exportador de arroz para mercados como Oriente Médio, Europa, México e Brasil, deve medi-las para ser mais competitiva no mercado. mercado internacional.

ARSÊNICO INORGÂNICO

A especialista Silvia Zambón, do laboratório do INTI, explica que a determinação de arsênio total não é mais necessária nos mercados mais exigentes, mas sim de arsênio inorgânico.

“Precisamente, a OMS e a Comunidade Econômica Europeia têm especificações para o teor máximo de arsênio inorgânico no arroz que dependem do tipo de consumidor a que se destina o grão. Por exemplo, as especificações são diferentes se é comida para bebês ou para adultos ”, explica Zambón.

Dentro do arsênio inorgânico, são identificados os arsênicos As (V) e As (III), que podem ser determinados por meio de um espectrômetro de fluorescência atômica acoplado a um equipamento de HPLC, como o encontrado no laboratório do instituto.

O arsênio pode ser encontrado em diferentes estados de oxidação: arsenato As (V), arsenito As (III), As elementar (0) e arsenieto As (-III); encontrado mais frequentemente como arsenito ou arsenato.

O arsenito é 70 vezes mais tóxico do que as espécies metiladas e 10 vezes mais tóxico do que o arsenato, que é pouco solúvel em água e, portanto, menos biodisponível.

IMPACTO DO PROJETO NA BASE DA CADEIA DE VALOR

Nesta área, o INTI tem parceria com o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) para estimular o impacto do projeto na base da cadeia de valor, ou seja, nos produtores de arroz, de forma a alcançar um controle maior do que posteriormente. comercialização, porque o arsênio é um poluente natural que também se encontra na água e no solo onde são cultivadas as lavouras.

“O projeto está em início de execução. Com a aquisição do equipamento que vai complementar o que já temos no laboratório do INTI, será desenvolvido o método de especiação e depois começaremos a amostrar arroz polido e descascado e o estudo dos solos da província”, afirmou Zambón.

É preciso lembrar que a iniciativa surgiu em resposta a um estudo realizado pela Universidad Nacional del Litoral (UNL) que levantou o problema da absorção de arsênio que ocorre no arroz. Este estudo indica que a absorção depende de três fatores: o nível de arsênio no solo, cultivo e manejo da água.

CAPACIDADES TECNOLÓGICAS NAS CORRENTES

O laboratório de Água, Solos e Alimentos da sede provincial do INTI conta com um digestor de micro-ondas de última geração. Isso separa o analito (o que será analisado) da matriz.

“O arroz é a matriz e dentro desse grão está o nosso analito de interesse, que é o arsênio em sua variedade de espécies”, detalha o especialista do organismo.

Além disso, o laboratório possui um cromatógrafo líquido de alta performance que permite separar As (V), As (III) e compostos orgânicos para posteriormente quantificar e medir no espectrômetro de fluorescência atômica.

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