Cotações recuam em fevereiro, em função da baixa demanda

No acumulado de fevereiro, o Indicador ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58% grãos inteiros) registrou queda de 1,14%, fechando a R$ 38,00/sc de 50 kg no dia 11.

A cotação do arroz em casca no Rio Grande do Sul recuou pela segunda semana consecutiva, devido à retração de compradores e a maior intenção de venda de produtores.

O baixo interesse de compra das beneficiadoras gaúchas, a proximidade do Carnaval, que dificulta o transporte interestadual, e a expectativa quanto ao desenvolvimento da safra 2014/15 trouxe lentidão aos negócios do casca neste início de fevereiro.

Segundo pesquisadores do Cepea, parte das indústrias esteve ativa no mercado spot, mas adquirindo lotes apenas para atender a demanda de curto prazo e a preços menores que os de janeiro.

Além disso, algumas beneficiadoras continuam se abastecendo com o arroz arrematado nos leilões de venda da Conab.

De maneira geral, empresas têm expectativa de que os preços recuem ainda mais nas próximas semanas, com a intensificação da colheita da nova safra – esperada para início de março.

No acumulado de fevereiro, o Indicador ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58% grãos inteiros) registrou queda de 1,14%, fechando a R$ 38,00/sc de 50 kg no dia 11.

2 Comentários

  • Vai a minha sugestão para a Revista Planeta Arroz: – Modifiquem essa tabela de cotações… Não adotem mais cotação máxima, média e mínima… A realidade é uma só… Com os descontos com frete, funrural, variedade e rendimento tudo cai para a COTAÇÃO MÍNIMA… São os valores constantes da COTAÇÃO MÍNIMA que realmente são os pagos ao produtor… São os que espelham melhor a realidade… O resto é mera ilusão… Ah mas vão dizer que se justifica os demais valores quando o produto está na sede do produtor… Balela… Descontam o frete e o valor cai sempre para a COTAÇÃO MÍNIMA… É a famigerada TABELA ORELHANA que teima em coexistir nos dias atuais… Pagam mais pelo 409 e 417 (reserva) e menos pelos demais (indústria)… Mas tudo cai sempre no mesmo abismo… Pagam mais por grandes lotes e para os grandes produtores e menos para os médios e pequenos… Ninguém consegue mensurar o preço real… Tem gente recebendo R$ 40 e outros R$ 37 pelo mesmo arroz, na mesma indústria… Mas 90% recebem a COTAÇÃO MÍNIMA… Até quando isso vai perdurar??? Aonde está o bom senso ??? Pergunto novamente: – Aonde está a “liberdade” nisso tudo??? Insisto no termo EXPLORAÇÃO… Isso ocorre quando os fortes se prevalecem sobre a penúria dos fracos… Como é engraçado que a Lei da Oferta e da Procura só vale durante a colheita? Porque o governo não interfere agora para que os preços não caiam para o produtor? Fazem festa de abertura de colheita… Muito falam… Muito discutem… Muito reclamam… Mas todo o ano nada muda… E nada vai mudar… Porque plantam demais… Porque não tem apoio a exportação… Porque não temos garantias de preços que compensem os custos… Porque não desoneram a tributação nos setores envolvidos com a produção… Esse ano a coisa só vai piorar… Pouco dinheiro barato nos bancos… Energia Elétrica vai subir 60%… Diesel 20%… Com o dólar nas alturas: adubo, uréia, herbicida e inseticida vão disparar… Salários 16%… Peguem o custo de R$ 35,80 e coloquem 20% de inflação média e chegamos a um custo de R$ 45,00 para a próxima safra… Mas como é que vamos vender arroz a R$ 35,00? Quem vender arroz em março, abril, maio e junho está fu…zilado. E muitos terão que vender para custear a colheita… Faz 4 anos que comento aqui e tô cansado de fazer o mesmo discurso todos os anos e só ouço falar que tem muita gente se encalacandro cada vez mais… Mas então parem de plantar… Arrendem… Mudem prá soja… Pro gado… Pro eucalipto… Ou tirem o arroz da mão da indústria… Construam silos e galpões… Invistam no longo prazo… Comprem menos máquinas e tratores que os vendedores vão ter que baixar seus preços… Coloquem menos adubo, menos uréia, menos veneno… Vão produzir menos, mas e dai? De que adianta gastar mais e receber menos? custo x benefício… Ficam enriquecendo os bancos, a indústria, o governo, o varejo, o comércio e até cartórios… E alguém nos ajuda quando precisamos? Abre teu olho produtor… mas principalmente teus miolos e bota teus neurônios para funcionar… Em menos de 15 dias o arroz estará abaixo dos R$ 35,00… Mesmo dando fraca a colheita… E ninguém, mas absolutamente ninguém conseguirá impedir isso… Porque somos desunidos e não temos representatividade efetiva… Sabemos que os preços despencam na colheita todos os anos, mas pouco fazemos para mudar isso… E nossos representantes (políticos e de classe) muito menos… E não culpemos só eles, pois nós somos os maiores culpados… Por outro lado, ovacionam o império do peleguismo e não conseguem vislumbrar que o lobby da indústria reina absoluto no planeta dos tupiniquins… Nascemos com a vocação do empurra com a barriga e da falta de planejamento… Acreditamos num país que não acredita em nós… Até quando sobreviveremos assim é o que me questiono todos os dias… Que Deus proteja toda a classe porque esse será o ano da QUEBRADEIRA GERAL??? O navio está sem comandante, o avião sem piloto, o caminhão sem motorista, o trem sem maquinista, a charrete sem charreteiro… Sem produção e exportação País nenhum no mundo vai para a frente !!! A américa latina está implodindo e aqui no Brasil é uma questão de tempo…

  • Boa noite, sr. Schmidt, muito bom os seus questionamentos!
    1) E se mudarmos o padrão de venda do arroz em casca para arroz beneficiado, o negócio não será mais transparente? Aí será somente compará-lo com o preço que está sendo vendido no supermercado. A sobra ficaria para o produtor, que poderia vendê-la, arraçoar o gado etc.
    2) Concordo com a sua a afirmação ” Aonde está a liberdade nisso tudo?” No meu artigo chamei de falta de democracia comercial, mas que dá no mesmo.
    3) As assessorias técnicas dos produtores poderiam auxiliá-los não só nas técnicas de plantio e colheita, mas também nestes temas que o senhor está levantando. Isto é, na engenharia financeira, controles, decisões de investimentos, de compras de vendas etc. Já ouviu falar em Dia de Campo sobre estes assuntos que você está propondo? Eu confesso que não ouvi ainda? Parabéns por levantá-los!
    4) A única coisa que penso um pouco diferente é que acho que nem tudo está perdido, demorou sem dúvida, mas parece que estamos nos dando conta, só que temos que ir ao âmago da questão. Acredito que a solução está em nossas mãos. Abraços e prossiga nessa luta!

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