Cresce procura por semente certificada
Sementes com tecnologia: a melhor forma de enfrentar as incertezas
da próxima safra
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Frente às incertezas do mercado de arroz, sobretudo na formação de preços, nunca foi tão importante planejar estrategicamente o plantio da próxima safra. Entre as recomendações das entidades que representam os produtores estão o uso de sementes certificadas e a busca por contratos com preços pré-fixados.
A compra de sementes tem como uma das principais premissas a garantia de que não trará inconveniências à lavoura, como doenças e plantas invasoras, e por isso há importância de que sejam certificadas. O rizicultor precisa ter a certeza de que está adquirindo material de bom potencial genético, livre de plantas infestantes e arroz vermelho, o que irá representar um diferencial de produtividade, assim como a obtenção de grãos com excelente qualidade.
O engenheiro agrônomo Cyrano Busato, coordenador de desenvolvimento de produto da RiceTec, multinacional que produz sementes de arroz de alta tecnologia, afirma que a certificação traz a garantia de uma boa lavoura. Ele destaca que a semente precisa ter procedência e ter sido produzida sob rigoroso controle, o que irá conferir qualidade genética, fisiológica e física ao lote de semente. “Isto trará sustentabilidade para a lavoura arrozeira a longo prazo”, observa. No ciclo 2016/17, a produtividade média dos clientes da RiceTec atingiu o aumento de 19% em relação à principal variedade CL do mercado.
O desempenho dos produtos da RiceTec no campo é resultado de um expressivo investimento em pesquisa e conhecimento para desenvolver variedades mais resistentes, com maior produtividade e sem perder a qualidade. “As tecnologias desenvolvidas pela RiceTec permitem que o produtor aumente em 25% a produtividade, utilize 33% menos água e consuma até 20% menos defensivos agrícolas”, destaca o engenheiro agrônomo e diretor de marketing da RiceTec, Leandro Pasqualli. Diante do desempenho dos seus produtos na lavoura, a RiceTec ampliou a área cultivada no Brasil e atingiu 57 mil hectares no Rio Grande do Sul na última safra. “Isso é resultado de uma estratégia de mercado que visa a sustentabilidade na lavoura através da implantação de alta tecnologia e com o mínimo impacto ambiental, proporcionando maior retorno econômico ao produtor”, explica Pasqualli.
Outro grande desafio que será enfrentado pelo produtor na próxima safra são as constantes variações climáticas. Neste ano, de acordo com os meteorologistas, o período de plantio deve ser marcado por chuvas.
QUESTÃO BÁSICA
De acordo com o diretor de pesquisa da RiceTec Sementes, Edgar Alonso Torres Toro, além do clima, o uso de cultivares suscetíveis à brusone e o manejo incorreto da lavoura podem ser fatores de proliferação do fungo na próxima safra. “É uma doença que convive com o arroz há muito tempo e é provável que as mudanças no clima aumentem a incidência, portanto, devemos aprender a conviver com ela e adotar estratégias de manejo integrado”, ressalta.
Neste cenário, a pesquisa e o uso de tecnologias adequadas são fundamentais no combate à brusone. “A resistência genética é um excelente método de controle, já vem incluída na semente e é completamente amigável com o ambiente”, salienta Toro.