Cultivares estão entre as melhores do planeta
As cultivares desenvolvidas pela pesquisa no Rio Grande do Sul e no Brasil são resistentes às principais doenças. A irrigação proporciona um equilíbrio que não só é importante pelo desenvolvimento sem o estresse da estiagem como também diminui o ataque de doenças e insetos. O bom controle de invasoras que se faz no Rio Grande do Sul e a oferta de boa qualidade de sementes fazem um diferencial no manejo e são fundamentais para que se obtenha altos índices de produtividade na lavoura arrozeira, segundo o pesquisador Valmir Menezes.
"Com as variedades hoje disponíveis é possível chegar a uma produtividade superior a 10 mil quilos por hectare. Para chegar a este teto de produtividade, o fator fundamental é melhorar o manejo", explicou o pesquisador. Ele lembra que vários produtores gaúchos alcançam resultados idênticos às melhores lavouras mundiais. "Temos potencial para chegar ao melhor nível mundial. O grande limitante é o arroz vermelho, invasora para a qual a pesquisa de manejo está muito dedicada a encontrar alternativas de controle", explicou.
A QT escolheu o arroz. Por quê?
A produção de grãos no Brasil, embora toda a importância que exerça no mercado internacional, ainda tem muito a evoluir. Hoje, no Brasil, a lavoura orizícola só perde em produção para a cana-de-açúcar e o Rio Grande do Sul é o maior produtor e beneficiador do grão. Tão natural, então, que a qualidade total, um conjunto de procedimentos criado para otimizar a produção, esteja chegando com tanta força na taipa.
O arroz é um dos principais exemplos de como o ser humano, utilizando dos espaços existentes, busca interagir de forma sistêmica com a natureza. Ao utilizar as várzeas para o cultivo de cereais, os primeiros grupos organizados de pessoas fixaram-se em áreas de terra fundando cidades e civilizações. A área plantada de arroz no Rio Grande do Sul atinge 960 mil hectares. Esta área é cultivada por 12 mil produtores rurais, localizados em 123 municípios do estado.
Esta atividade gera mais de 250 mil empregos diretos. Embora a área média das propriedades seja de 145 hectares, 81% das lavouras ocupam menos de 100 hectares. O valor da produção do arroz em casca atinge R$ 1,4 bilhão. Esta produção é beneficiada por 422 agroindústrias com a geração de 250 mil empregos no agronegócio do arroz.
Na boca do caixa
A produção de arroz gira com R$ 2,5 bilhões, gerando R$ 175 milhões de imposto sobre circulação de mercadorias e serviços, mais de 20% do ICMS gaúcho e 3,1% do PIB do RS.
Na economia gaúcha a orizicultura contribui com 28% da produção total de grãos do estado.
FONTE: Fundarroz