Custos de produção: Forte impacto da alta dos fertilizantes

Autoria: Marco Aurélio Marques Tavares – Administrador de empresas e agropecuarista.

Os custos de produção para a próxima safra de arroz serão fortemente impactados pela alta generalizada dos insumos, que tem como um dos principais fatores e desvalorização do real perante o dólar.

Considerando apenas, num primeiro momento, o impacto dos custos dos fertilizantes, que apresentaram a seguinte variação, em relação aos itens dos custos de produção do irga da safra passada;

1) Em 2017:
Adubo 052020: R$ 1.216/T; 300 kg/ha: Custo R$ 364,0/ha
Ureia: 460000: R$ 1.153/T;200 kg/ha: Custo R$ 230,0/ha
Total: Adubação/ha= R$ 594,00

2) Em 2018:
Adubo 052020: R$ 1.633/T; 300 kg/ha: Custo R$ 490,00
Ureia: 460000: R$ 1.666/T;200 kg/ha: Custo R$ 333,00/ha
Total Adubação/ha: R$ 823,00/ha ( alta de R$ 229,00/ha ou 38% de alta no item.
Considerando o atual custo total/Irga = R$ 6.816,69/ha ou R$ 45,21/sc, apenas alterando o custo dos fertilizantes, para os custos atuais, teríamos um Custo Total =R$ 7.045,56 ou o equivalente a R$ 46,70/sc.

Ou, seja, apenas com a inclusão do preço atualizado dos fertilizantes teríamos um acréscimo de R$ 1.50 no custo de produção por saca e sabidamente ocorreram aumentos dos combustíveis, herbicídas, mão de obra, fretes e outros, o que deverá impactar, e muito, nos custos de produção para o plantio que se avizinha.

Um cenário preocupante e que exige a valorização do arroz no atual ano comercial.

1 Comentário

  • Realmente Marco, muito preocupante, principalmente se analisarmos as causas do aumento do dólar nos últimos meses que foram basicamente o aumento dos juros dos EUA e a instabilidade política no Brasil. Partiremos do pré suposto que faremos a lavoura em custo de dólar a 3,80 á 4,00. O Maior risco que teremos, é que no momento da colheita, em Fevereiro e Março, o dólar volte para casa do 2,80 á 3,00, pois já teremos novo presidente e provavelmente os juros por lá ( EUA) não estejam tão atraentes. Imagine as consequências, arroz Argentina, Uruguai e Paraguai dando as caras por aqui e exportação inviável. Torcemos para que esta previsão não se concretize, porque os custos estão assombrando.

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